quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Evangelho segundo São Mateus 11,28-30

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos

Quarta-feira, 7 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: Santo Ambrósio, Bispo e doutor da Igreja; Santa Maria Josefa Rossello, virgem
Primeira Leitura: Isaías 40,25-31
Leitura do Livro do Profeta Isaías:

25'Com quem haveis de me comparar, e a quem seria eu igual?' - fala o Santo. 26Levantai os olhos para o alto e vede: Quem criou tudo isto? - Aquele que expressa em números o exército das estrelas e a cada uma chama pelo nome: tal é a grandeza e força e poder de Deus que nenhuma delas falta à chamada. 27Então, por que dizes, Jacó, e por que falas, Israel: 'Minha vida ocultou-se da vista do Senhor e meu julgamento escapa ao do meu Deus?' 28Acaso ignoras, ou não ouviste? O Senhor é o Deus eterno que criou os confins da terra; ele não falha nem se cansa, insondável é sua sabedoria; 29ele dá coragem ao desvalido e aumenta o vigor do mais fraco. 30Cansam-se as crianças e param, os jovens tropeçam e caem, 31mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como as águias, correm sem se cansar, caminham sem parar.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo 102
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não te esqueças de nenhum de seus favores!
R: Bendize, ó minha alma ao Senhor.
Pois ele te perdoa toda culpa, e cura toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a tua vida e te cerca de carinho e compaixão;
R: Bendize, ó minha alma ao Senhor.
O Senhor é indulgente, é favorável, é paciente, é bondoso e compassivo. Não nos trata como exigem nossas faltas, nem nos pune em proporção às nossas culpas.
R: Bendize, ó minha alma ao Senhor.
Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 11,28-30
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso. 29Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

Evangelho segundo São Lucas 1,26-38

Naquele tempo: 26O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade = da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em cas= amento a um homem chamado José.

Quinta-feira, 8 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: I= maculada Conceição de Nossa Senhora; São Mac&= aacute;rio de Alexandria, mártir
P= rimeira Leitura: Gênesis 3,9-15.20
Leitura = do Livro do Gênesis:

Depois que Adão comeu do = fruto da árvore, 9o Senhor Deus o chamou, dizendo: "Onde está= s?" 10E ele respondeu: "Ouvi tua voz no jardim, e fiquei com medo porque es= tava nu; e me escondi". 11Disse-lhe o Senhor Deus: "E quem te disse que est= avas nu? Então comeste da árvore, de cujo fruto te proibi com= er?" 12Adão disse: "A mulher que tu me deste por companheira, foi el= a que me deu do fruto da árvore, e eu comi". 13Disse o Senhor Deus &= agrave; mulher: "Por que fizeste isso?" E a mulher respondeu: "A serpente e= nganou-me e eu comi". 14Então o Senhor Deus disse à serpente:= "Porque fizeste isso, serás maldita entre todos os animais dom&eacu= te;sticos e todos os animais selvagens! Rastejarás sobre o ventre e = comerás pó todos os dias da tua vida! 15Porei inimizade entre= ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferir&aacu= te; a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar". 20E Adão c= hamou à sua mulher "Eva", porque ela é a mãe de todos = os viventes.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Segunda Leitura: Efésios 1,3-6.11-12
= Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios:

3B= endito seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele nos abençoou= com toda a bênção do seu Espírito em virtude de= nossa união com Cristo, no céu. 4Em Cristo, ele nos escolheu= , antes da fundação do mundo, para que sejamos santos e irrep= reensíveis sob o seu olhar, no amor. 5Ele nos predestinou para sermo= s seus filhos adotivos por intermédio de Jesus Cristo, conforme a de= cisão da sua vontade, 6para o louvor da sua glória e da gra&c= cedil;a com que ele nos cumulou no seu Bem-amado. 11Nele também n&oa= cute;s recebemos a nossa parte. Segundo o projeto daquele que conduz tudo c= onforme a decisão de sua vontade, nós fomos predestinados 12a= sermos, para o louvor de sua glória, os que de antemão coloc= aram a sua esperança em Cristo.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
S= almo 97
Cantai ao Senhor Deus um canto novo, porq= ue ele fez prodígios! Sua mão e o seu braço forte e sa= nto alcançaram-lhe a vitória.
R: Ca= ntai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!
O Senhor fez conhecer a salvaç&ati= lde;o, e às nações, sua justiça; 3arecordou o s= eu amor sempre fiel pela casa de Israel.
R: Ca= ntai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!
Os confins do universo contemplaram da sa= lvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor Deus, ó terra i= nteira, alegrai-vos e exultai!
R: Ca= ntai ao Senhor Deus um canto novo, porque ele fez prodígios!

E= vangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,26-38 <= br />Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo S&a= tilde;o Lucas:
Naquele tempo: 26O anjo Gabriel foi envia= do por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma= virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era des= cendente de Davi e o nome da virgem era Maria 28O anjo entrou onde ela esta= va e disse: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo= !' 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qu= al seria o significado da saudação. 30O anjo, então, d= isse-lhe: 'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça d= iante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um f= ilho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, ser&aa= cute; chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o = trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descenden= tes de Jacó, e o seu reino não terá fim'. 34Maria perg= untou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não conheç= o homem algum?' 35O anjo respondeu: 'O Espírito virá sobre ti= , e o poder do Altissimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o meni= no que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também= Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é= o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque par= a Deus nada é impossível'. 38Maria, então, disse: 'Eis= aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' E o = anjo retirou-se.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.


Evangelho segundo São Mateus 11,16-19

Naquele tempo, disse Jesus às multidões: l6Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas

Sexta-feira, 9 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: Beato Bernardo Maria Silvestrelli; São João Diego de Cuauhtlatoatzin, vidente de Guadalupe
Primeira Leitura: Isaías 48,17-19
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
17Isto diz o Senhor, o teu libertador, o Santo de Israel: Eu, o Senhor teu Deus, te ensino coisas úteis, te conduzo pelo caminho em que andas. 18Ah, se tivesses observado os meus mandamentos!  Tua paz teria sido como um rio e tua justiça como as ondas do mar; 19tua descendência seria como a areia do mar e os filhos do teu ventre como os grãos de areia; este nome não teria desaparecido nem teria sido cancelado de minha presença.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo 1
Feliz é todo aquele que não anda conforme os conselhos dos perversos; que não entra no caminho dos malvados,nem junto aos zombadores vai sentar-se; mas encontra seu prazer na lei de Deus a medita, dia e noite, sem cessar.
R: Senhor, quem vos seguir, terá a luz da vida.
Eis que ele é semelhante a uma árvore, que à beira da torrente está plantada; ela sempre dá seus frutos a seu tempo, e jamais as suas folhas vão murchar. Eis que tudo o que ele faz vai prosperar.
R: Senhor, quem vos seguir, terá a luz da vida.
Mas bem outra é a sorte dos perversos. Ao contrário, são iguais à palha seca espalhada e dispersada pelo vento.Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, mas a estrada dos malvados leva à morte.
R: Senhor, quem vos seguir, terá a luz da vida.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 11,16-19
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Naquele tempo, disse Jesus às multidões: l6Com quem vou comparar esta geração? São como crianças sentadas nas praças, que gritam para os colegas, dizendo: 17'Tocamos flauta e vós não dançastes. Entoamos lamentações e vós não batestes no peito!' 18Veio João, que não come nem bebe, e dizem: 'Ele está com um demônio'. 19Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: 'É um comilão e beberrão, amigo de cobradores de impostos e de pecadores'. Mas a sabedoria foi reconhecida com base em suas obras.'

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Santo Afonso-Maria de Ligório
(1696-1787), bispo e doutor da Igreja - 1º discurso para a novena de Natal
Responder aos apelos de Deus para acolher o Salvador
«Fogo sempre ardente, diremos com Santo Agostinho, inflama as nossas almas.» Jesus Cristo, fizeste-Te homem para acender nos nossos corações o fogo do amor divino: como pudeste encontrar em nós tamanha ingratidão? Tudo fizeste para que Te amassem; chegaste a sacrificar o Teu sangue e a Tua vida. Porque razão ficam os homens insensíveis a tantas graças? Será que as ignoram? Não, eles sabem, eles crêem que, por amor deles, vieste do céu revestir a carne humana e carregar com as suas misérias; eles sabem que, por amor deles, quiseste levar uma vida de sofrimento permanente e sofrer uma morte ignominiosa. Depois disto, como explicar que vivam no completo esquecimento da Tua bondade extrema? Eles amam os pais, eles amam os amigos, eles chegam mesmo a amar os animais [...]; é somente por Ti que não sentem amor nem gratidão! Mas que digo eu? Ao acusar os outros de ingratidão, estou a condenar-me a mim mesmo, pois o meu comportamento para conTigo foi pior do que o deles. Porém, a Tua misericórdia dá-me coragem; sei que ela me sustentou durante tanto tempo, para me perdoar e incendiar-me com o Teu amor, com a única condição de eu querer arrepender-me e amar-Te.
Sim, meu Deus, quero arrepender-me [...]; quero amar-Te com todo o meu coração. Reconheço que o meu coração [...] Te negligenciou para amar as coisas deste mundo; mas também vejo que, apesar desta traição, Tu continuas a chamá-Lo. É por isso que, com toda a força da minha vontade, eu To dedico e To dou. Digna-Te incendiá-lo com o Teu santo amor; faz com que doravante ele só Te ame a Ti. [...] Amo-Te, meu Jesus; amo-Te, meu soberano Bem! Amo-Te, único amor da minha alma.
Maria, minha mãe, tu que és «a Mãe do amor formoso» (Si 24,24 Vulg), obtém-me a graça de amar o meu Deus; é de ti

Evangelho segundo São Mateus 17,10-13

Ao descerem do monte, 10os discípulos perguntaram a Jesus: 'Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?'

Sábado, 10 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: Nossa Senhora de Loreto; Santa Eulália de Mérida, virgem e mártir
Primeira Leitura: Eclesiástico 48,1-4.9-11
Leitura do Livro do Eclesiástico:
Naqueles dias: 1O profeta Elias surgiu como um fogo, e sua palavra queimava como uma tocha. 2Fez vir a fome sobre eles e, no seu zelo, reduziu-os a pouca gente. 3Pela palavra do Senhor fechou o céu e de lá fez cair fogo por três vezes. 4Ó Elias, como te tornaste glorioso por teus prodígios!  Quem poderia gloriar-se de ser semelhante a ti? 9Tu foste arrebatado num turbilhão de fogo, num carro de cavalos também de fogo, 10tu, nas ameaças para os tempos futuros, foste designado para acalmar a ira do Senhor antes do furor, para reconduzir o coração do pai ao filho, e restabelecer as tribos de Jacó. 11Felizes os que te viram, e os que adormeceram na tua amizade!

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo 79
Ó Pastor de Israel, prestai ouvidos. Vós que sobre os querubins vos assentais. Despertai vosso poder, ó nosso Deus e vinde logo nos trazer a salvação!
R: Convertei-nos, ó Senhor, resplandecei a vossa face e nós seremos salvos!
Voltai-vos para nós, Deus do universo! Olhai dos altos céus e observai. Visitai a vossa vinha e protegei-a! Foi a vossa mão direita que a plantou; protegei-a, e ao rebento que firmastes!
R: Convertei-nos, ó Senhor, resplandecei a vossa face e nós seremos salvos!
Pousai a mão por sobre o vosso Protegido, o filho do homem que escolhestes para vós! E nunca mais vos deixaremos, Senhor Deus! Dai-nos vida, e louvaremos vosso nome!
R: Convertei-nos, ó Senhor, resplandecei a vossa face e nós seremos salvos!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 17,10-13
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus:
Ao descerem do monte, 10os discípulos perguntaram a Jesus: 'Por que os mestres da Lei dizem que Elias deve vir primeiro?' 11Jesus respondeu: 'Elias vem e colocará tudo em ordem. 12Ora, eu vos digo: Elias já veio, mas eles não o reconheceram. Ao contrário, fizeram com ele tudo o que quiseram. Assim também o Filho do Homem será maltratado por eles.' 13Então os discípulos compreenderam que Jesus lhes falava de João Batista.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

Evangelho segundo São Lucas 1,26-38

Naquele tempo: 26O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José

Domingo, 18 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: Santo Winebaldo ou Wunebaldo, Abade; São Malaquias, profeta
Primeira Leitura: Segundo Livro de Samuel 7,1-5.8b-12.14a.16
Leitura do Segundo Livro de Samuel:

1Tendo-se o rei Davi instalado já em sua casa e tendo-lhe o Senhor dado a paz, livrando-o de todos os seus inimigos, 2ele disse ao profeta Natã: 'Vê: eu resido num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda!' 3Natã respondeu ao rei: 'Vai e faze tudo o que diz o teu coração, pois o Senhor está contigo'. 4Mas, naquela mesma noite, a palavra do Senhor foi dirigida a Natã nestes termos: 5'Vai dizer ao meu servo Davi: 'Assim fala o Senhor: Porventura és tu que me construirás uma casa para eu habitar? 8bFui eu que te tirei do pastoreio, do meio das ovelhas, para que fosses o chefe do meu povo, Israel. 9Estive contigo em toda a parte por onde andaste, e exterminei diante de ti todos os teus inimigos, fazendo o teu nome tão célebre como o dos homens mais famosos da terra. 10Vou preparar um lugar para o meu povo, Israel: eu o implantarei, de modo que possa morar lá sem jamais ser inquietado. Os homens violentos não tornarão a oprimi-lo como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo, Israel. Concedo-te uma vida tranqüila, livrando-te de todos os teus inimigos. E o Senhor te anuncia que te fará uma casa. 12Quando chegar o fim dos teus dias e repousares com teus pais, então, suscitarei, depois de ti, um filho teu, e confirmarei a sua realeza. 14aEu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. 16Tua casa e teu reino serão estáveis para sempre diante de mim, e teu trono será firme para sempre'.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Segunda Leitura: Romanos 16,25-27
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: 25Glória seja dada àquele que tem o poder de vos confirmar na fidelidade ao meu evangelho e à pregação de Jesus Cristo, de acordo com a revelação do mistério mantido em sigilo desde sempre. 26Agora este mistério foi manifestado e, mediante as Escrituras proféticas, conforme determinação do Deus eterno, foi levado ao conhecimento de todas as nações, para trazê-las à obediência da fé. 27A ele, o único Deus, o sábio, por meio de Jesus Cristo, a glória, pelos séculos dos séculos. Amém!
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus

Salmo 88
Ao Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes: 'O amor é garantido para sempre!'E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
R: Ao Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!
'Eu firmei uma Aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servido
R: Ao Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!
Para sempre, no teu trono, firmarei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!'
R: Ao Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!
Ele, então, me invocará: 'Ó Senhor,vós sois meu Pai, sois meu Deus, sois meu Rochedo onde encontro a salvação!`Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha Aliança indissolúvel.
R: Ao Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,26-38
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 26O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria 28O anjo entrou onde ela estava e disse: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: 'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'. 34Maria perguntou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?' 35O anjo respondeu: 'O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altissimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível'. 38Maria, então, disse: 'Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' E o anjo retirou-se.

- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Bernardo
(1091-1153), monge cisterciense e doutor da Igreja - Homilia 4 sobre o «Missus est», §§ 8-9
«Maria, não temas»
Ouviste, ó Virgem, que conceberás e darás à luz um Filho, não de um homem - como compreendeste -, mas do Espírito Santo. O anjo espera a tua resposta: tem de regressar para junto d'Aquele que o enviou. Nós também esperamos, ó Senhora nossa. Miseravelmente acabrunhados por uma sentença de condenação, esperamos uma palavra de piedade. Ora, eis que te é oferecido o resgate da nossa salvação. Aceita e somos livres. Todos fomos criados no Verbo Eterno de Deus; mas, infelizmente, a morte fez a sua obra em nós. Uma breve resposta tua basta para nos recriar, de modo que sejamos de novo chamados à vida. [...]
Não demores, Virgem Maria, dá a tua resposta. Ó Senhora nossa, pronuncia essa palavra que a terra, os infernos e até os próprios céus esperam. Vê: o Rei e Senhor do universo, Ele que «Se deixou prender pela tua beleza» (cf Sl 44,12), deseja, com o mesmo ardor, o sim da tua resposta. Ele quis fazer depender da tua resposta a salvação do mundo. Agradaste-Lhe com o teu silêncio; agradar-Lhe-ás ainda mais agora com a tua palavra. Eis que Ele próprio te interpela lá do alto: «ó mais bela das mulheres, [...] deixa-Me ouvir a tua voz» (Ct 1,8; 2,14). [...] Sim, responde rapidamente ao anjo, ou antes, pelo anjo, ao Senhor. Responde numa palavra e acolhe o Verbo; pronuncia a tua própria palavra e concebe o Verbo divino; emite uma palavra passageira e envolve o Verbo eterno. [...]
Maria disse então: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Tua palavra.»

Evangelho segundo São Lucas 1,26-38

5Nos dias de Herodes, rei da Judéia, vivia um sacerdote chamado Zacarias, do grupo de Abia. Sua esposa era descendente de Aarão e chamava-se Isabel.

Terça-feira, 20 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: São Domingos de Silos, abade
Primeira Leitura: Isaías 7,10-14
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
Naqueles dias: 10O Senhor falou com Acaz, dizendo: 11'Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu'. 12Mas Acaz respondeu: 'Não pedirei nem tentarei o Senhor'. 13Disse o profeta: 'Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? 14Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel.
- Palavra do Senhor
- Graças a Deus.

Salmo 23
Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.
R: O Senhor vai entrar, é o Rei glorioso!
Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?' 'Quem tem mãos puras e inocente coração, quem não dirige sua mente para o crime.
R: O Senhor vai entrar, é o Rei glorioso!
Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador'. 'É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face'.
R: O Senhor vai entrar, é o Rei glorioso!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,26-38
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
Naquele tempo: 26O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da virgem era Maria 28O anjo entrou onde ela estava e disse: 'Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!' 29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: 'Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'. 34Maria perguntou ao anjo: 'Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?' 35O anjo respondeu: 'O Espírito virá sobre ti, e o poder do Altissimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível'. 38Maria, então, disse: 'Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!' E o anjo retirou-se.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

Evangelho segundo São Lucas 1,39-45

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel

Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: São Pedro Canísio, presbítero e doutor da Igreja; São Temístocles, mártir
Primeira Leitura: Cânticos 2,8-14
Leitura do Cântico dos Cânticos:
8É a voz do meu amado! Eis que ele vem saltando pelos montes, pulando sobre as colinas. 9O meu amado parece uma gazela, ou um cervo ainda novo. Eis que ele está de pé atrás de nossa parede, espiando pelas janelas, observando através das grades. 10O meu amado me fala dizendo: 'Levanta-te, minha amada, minha rola, formosa minha, e vem! 11O inverno já passou, as chuvas pararam e já se foram. 12No campo aparecem as flores, chegou o tempo das canções, a rola já faz ouvir seu canto em nossa terra. 13Da figueira brotam os primeiros frutos, soltam perfume as vinhas em flor. Levanta-te, minha amada, formosa minha, e vem! 14Minha rola, que moras nas fendas da rocha, no esconderijo escarpado, mostra-me teu rosto, deixa-me ouvir tua voz! Pois a tua voz é tão doce, e gracioso o teu semblante'.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Salmo 32
Dai graças ao Senhor ao som da harpa, na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o Senhor um canto novo, com arte sustentai a louvação!
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!
Mas os desígnios do Senhor são para sempre, e os pensamentos que ele traz no coração, de geração em geração, vão perdurar. Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança!
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!
No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança.
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor! Cantai para o Senhor um canto novo!

Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 1,39-45
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas:
39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!' 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu.'
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.

Comentário ao Evangelho do dia feito por Liturgia bizantina
Hino acatista à Mãe de Deus (séc. VII)
«O menino saltou de alegria no meu seio»
Com o Menino em seu seio, Maria dirigiu-se à pressa para casa de sua prima Isabel. Ao ouvir a saudação de Maria, logo o menino se regozijou, saltando de alegria como que para cantar à Mãe de Deus:
Alegra-te, tu que és botão da flor imortal
Alegra-te, tu que és pomar de onde brota o fruto de vida
Alegra-te, jardim do Senhor, amigo dos homens (Sb 1,6)
Alegra-te, gérmen do crescimento da vida
Alegra-te, tu que és campo onde se produz a abundância da redenção
Alegra-te, mesa santa da reconciliação para o pecado
Alegra-te, tu que nos cultivas um jardim de beleza
Alegra-te, tu que preparas, para a nossa alma, um refúgio de paz
Alegra-te, que és incenso de oferenda agradável a Deus (Gn 8,21)
Alegra-te, pois que em ti o universo inteiro encontra reconciliação
Alegra-te, tu que és graça de Deus para todos os homens
Alegra-te, advogada nossa junto do Senhor
Alegra-te, Esposa não desposada
Ficou o prudente José em extrema perturbação, com a alma sacudida por uma tempestade de pensamentos: ele, que era conhecedor da tua virgindade, agora duvidava de ti, ó mãe imaculada. Mas, quando soube que O que tivera sido gerado em ti provinha do Espírito Santo (Mt 1,20), exclamou: «Aleluia, aleluia, aleluia».
Quando os pastores ouviram os anjos cantar a incarnação de Cristo, correram para junto do seu Bom Pastor, a contemplar o Cordeiro recém-nascido no colo de Maria. Exultaram, cantando:
Alegra-te, mãe do Cordeiro e do Bom Pastor (Jo 1,29; 10,14)
Alegra-te, redil onde as ovelhas se reúnem (Jo 10,16)
Alegra-te, protecção contra os lobos que as arrebatam (v. 12)
Alegra-te, pois tu abres as portas do paraíso
Alegra-te, pois os céus rejubilam com a terra (Lc 2,14)
Alegra-te, pois os homens exultam com os anjos
Alegra.te, pois tu dás segurança à palavra dos apóstolos
Alegra-te, pois tu dás força ao testemunho dos mártires
Alegra-te, coluna firme que nos seguras a fé
Alegra-te, pois tu conheces o esplendor da graça
Alegra-te, pois que por ti os infernos se esvaziaram
Alegra-te, pois, por ti, nos cobrimos de glória
Alegra-te, Esposa não desposada. [...]
Quando contemplamos este singular nascimento, sentimo-nos estranhos no mundo habitual e o espírito volta-se para as realidades do alto, porque foi descendo aqui, humilhando-Se, que o Altíssimo Se revelou aos homens, para elevar todos os que Lhe cantam: «Aleluia, aleluia, aleluia».


Evangelho segundo São João 1,6-8.19-28

6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele

Domingo, 11 de Dezembro de 2011.
SANTO DO DIA: São Dâmaso I, Papa; Beato Arturo Bell, presbítero e mártir
Primeira Leitura: Isaías 61,1-2a.10-11
Leitura do Livro do Profeta Isaías:
1O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu; enviou-me para dar a boa-nova aos humildes, curar as feridas da alma, pregar a redenção para os cativos e a liberdade para os que estão presos; 2apara proclamar o tempo da graça do Senhor. 10Exulto de alegria no Senhor e minh'alma regozija-se em meu Deus; ele me vestiu com as vestes da salvação, envolveu-me com o manto da justiça e adornou-me como um noivo com sua coroa, ou uma noiva com suas jóias. 11Assim como a terra faz brotar a planta e o jardim faz germinar a semente, assim o Senhor Deus fará germinar a justiça e a sua glória diante de todas as nações.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus

Segunda Leitura: Primeira carta aos Tessalonicenses 5,16-24
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Tessalonicenses:
Irmãos: 16Estai sempre alegres! 17Rezai sem cessar. 18Dai graças em todas as circunstâncias, porque esta é a vosso respeito a vontade de Deus em Jesus Cristo. 19Não apagueis o espírito! 20Não desprezeis as profecias, 21mas examinai tudo e guardai o que for bom. 22Afastai-vos de toda espécie de maldade! 23Que o próprio Deus da paz vos santifique totalmente, e que tudo aquilo que sois - espírito, alma, corpo - seja conservado sem mancha alguma para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo! 24Aquele que vos chamou é fiel; ele mesmo realizará isso.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Lc 1
A minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada.
R: A minh'alma se alegra no meu Deus.
Porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o respeitam.
R: A minh'alma se alegra no meu Deus.
Encheu de bens os famintos, e despediu os ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia.
R: A minh'alma se alegra no meu Deus.

Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 1,6-8.19-28
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
6Surgiu um homem enviado por Deus; Seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 19Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: 'Quem és tu?' 20João confessou e não negou. Confessou: 'Eu não sou o Messias'. 21Eles perguntaram: 'Quem és, então? És tu Elias?' João respondeu: 'Não sou'. Eles perguntaram: 'És o Profeta?' Ele respondeu: 'Não'. 22Perguntaram então: 'Quem és, afinal? Temos que levar uma resposta para aqueles que nos enviaram. O que dizes de ti mesmo?' 23João declarou: 'Eu sou a voz que grita no deserto: 'Aplainai o caminho do Senhor`' - conforme disse o profeta Isaías. 24Ora, os que tinham sido enviados pertenciam aos fariseus 25e perguntaram: 'Por que então andas batizando, se não és o Messias, nem Elias, nem o Profeta?' 26João respondeu: 'Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, 27e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias.' 28Isso aconteceu em Betânia além do Jordão, onde João estava batizando.
- Palavra da Salvação.
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São Gregório Magno
(c. 540-604), papa e doutor da Igreja - Catequeses sobre o Evangelho, nº 7
«No meio de vós está Quem vós não conheceis.
É Aquele que vem depois de mim»
«Eu baptizo com água, mas no meio de vós está Quem vós não conheceis.» Não é no espírito, mas em água que João baptiza. Incapaz de perdoar os pecados, ele lava pela água o corpo dos baptizados, mas não lava o espírito pelo perdão. Então porque é que ele baptiza, se não perdoa os pecados pelo seu baptismo? Porquê, a não ser para permanecer no seu papel de precursor? Tal como, nascendo, precedeu o Senhor que ia nascer, assim também, baptizando, precede o Senhor que ia baptizar. Precursor de Cristo pela sua pregação, ele o foi também dando um baptismo que era uma imagem do sacramento que estava para vir.
João anunciou um mistério quando declarou que Cristo estava no meio dos homens e que eles não O conheciam, pois o Senhor, quando Se revelou na carne, era ao mesmo tempo visível no Seu corpo e invisível na Sua majestade. E João acrescenta: «O que vem depois de mim passou à minha frente» (Jo 1,15) [...]; e explica as causas da superioridade de Cristo quando precisa: «Porque existia antes de mim», como que para dizer claramente: «Se é superior a mim, tendo nascido depois de mim, é porque o tempo do Seu nascimento não o restringe dentro dos seus limites. Nascido de uma mãe no tempo, foi gerado pelo Pai fora do tempo.»
João manifesta o humilde respeito que Lhe deve, prosseguindo: «Não sou digno de desatar as correias das Suas sandálias.» Era costume entre os antigos que, se alguém se recusasse a desposar uma jovem que lhe estava prometida, desatasse a sandália do que viesse a ser seu marido. Ora Cristo manifestou-Se como Esposo da santa Igreja. [...] Mas porque os homens pensavam que João era o Cristo - coisa que o próprio João negou -, ele declara-se indigno de desatar a correia da Sua sandália. É como se dissesse claramente [...]: «Eu não adopto incorrectamente o nome de esposo» (cf Jo 3,29).

sábado, 17 de dezembro de 2011


O ANO LITÚRGICO


Nota: A palavra "festa", no gráfico, não indica o grau litúrgico da celebração, mas apenas seu sentido genérico.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
01 - Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo. "Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera da vinda do Senhor" (NUALC nº 43 e SC nº 102).
02 - Ano Litúrgico é, pois, um tempo repleto de sentido e de simbolismo religioso, de essência pascal, marcando, de maneira solene, o ingresso definitivo de Deus na história humana. É o momento de Deus no tempo, o "kairós" divino na realidade do mundo criado. Tempo, pois, aqui entendido como tempo favorável, "tempo de graça e de salvação", como nos revela o pensamento bíblico (Cf. 2Cor 6,2; Is 49,8a).
03 - As celebrações do Ano Litúrgico não olham apenas para o passado, comemorando-o. Olham também para o futuro, na perspectiva do eterno, e fazem do passado e do futuro um eterno presente, o "hoje" de Deus, pela sacramentabilidade da liturgia (Cf. Sl 2,7; 94(95)7; Lc 4,21; 23,43). Aqui, enfatiza-se então a dimensão escatológica do Ano Litúrgico.
04 - O Ano Litúrgico tem como coração o Mistério Pascal de Cristo, centro vital de todo o seu organismo. Nele palpitam as pulsações do coração de Cristo, enchendo da vitalidade de Deus o corpo da Igreja e a vida dos cristãos.
TEMPO CÓSMICO E VIDA HUMANA
05 - Como sabemos, a comunidade humana vive no tempo, sempre em harmonia com o ano natural ou cósmico, com as mudanças básicas e salutares das quatro estações climáticas. Estas como que dinamizam a vida humana, quebrando-lhe toda possível rotina existencial. A pessoa é, pois, chamada a viver toda a riqueza natural da própria estação cósmica. Na organização da sociedade humana, o ano cósmico é chamado ano calendário ou ano civil. Nele, as pessoas, em consenso universal, desenvolvem as tarefas da atividade humana.
ANO LITÚRGICO E PROJETO DE DEUS
06 - Como a vida humana, no seu aspecto natural, se desenvolve no clima salutar do ano cósmico, assim também a vida cristã, na plena comunhão com Deus, vai viver o projeto do Senhor numa dinâmica litúrgica própria de um ano específico, chamado, como vimos, Ano Litúrgico.
07 - O Ano Litúrgico não deve, porém, ser visto como um concorrente do ano civil, porque, mesmo este, é um dom do Criador. Deus, inserindo-se no tempo, através de Cristo, pela Encarnação, santificou ainda mais o tempo. Por isso, todo o tempo se torna também tempo de salvação.
SIMBOLISMO DO ANO LITÚRGICO
08 - O Ano Litúrgico tem no círculo a sua simbologia mais expressiva, pois o círculo é imagem do eterno, do infinito. Notamos isso, olhando uma circunferência. Ela não tem começo nem fim, pois, nela, o fim é um retorno ao começo. Não, porém, um retorno exaustivo, rotineiro, mas verdadeiramente um começo sempre novo, de vitalidade essencial.
09 - O círculo é, pois, imagem da vida eterna, e a vida eterna, como sabemos, não clama por progresso, visto não existir na eternidade carência, de forma alguma. A vida eterna - podemos afirmar - permanece em constante plenitude.
10 - Cada ano litúrgico, que celebramos e vivemos, deve ser um degrau que subimos rumo à eternidade do Pai. Em outras palavras, deve ser um crescendo cada vez mais vivo rumo à pátria celeste. Celebrar o Ano Litúrgico é como subir a montanha de Deus, não de maneira esportiva, como alpinista, mas como peregrino do Reino, onde, a cada subida, sente-se mais perto de Deus.

RITMO CÓSMICO DO ANO LITÚRGICO
11 - Como se sabe, o ano civil está inteiramente identificado com o ciclo solar, regendo-se pelos ditames das quatro estações, mas marcado também pelo movimento lunar, onde se contam as semanas. Ano, mês e dia, como frações do tempo, aqui se harmonizam, no desenvolvimento da vida humana.
12 - Na datação cósmica do Ano Litúrgico, seguindo a tradição judaica, os cristãos, no Hemisfério Norte, vão escolher, para a celebração anual da Páscoa, o equinócio da primavera, por este ser ponto de equilíbrio, de harmonia, de duração igual da noite e do dia, de equiparação, pois, entre horas de luz e horas de escuridão, momento de surgimento de vida nova na natureza e de renascimento da vida. Além da estação das flores, no Hemisfério Norte há ainda o simbolismo suplementar da lua cheia, dando a entender que, na ressurreição de Cristo, o dia tem vinte e quatro horas de luz.
13 - No Hemisfério Sul, onde vivemos, não estaremos contudo celebrando a Páscoa na primavera, mas no outono, dada a inversão do equinócio nos dois hemisférios. Daí, a polêmica entre estudiosos da liturgia, os quais reclamam uma data universal, fixa, para a Páscoa, não levando em conta a situação lunar, mas a solar. A Igreja está estudando essa problemática que, ao que tudo indica, virá no futuro.
14 - Nota explicativa: A Igreja, hoje, celebra a Páscoa não no dia quatorze do mês de Nisã, isto é, na data da páscoa judaica, como celebravam os cristãos da Ásia Menor e da Síria, mas no domingo seguinte, acabando assim com a controvérsia pascal do século segundo, por determinação do Concílio de Nicéia.
15 - Para a celebração do Natal, a evolução litúrgica vai escolher outro núcleo do ano. Este outro momento é o solstício de inverno, o "dies natalis solis invictus", ou seja, o "dia de nascimento do sol invicto". Isto também no Hemisfério Norte, pois, no Hemisfério Sul, nós nos encontramos em pleno verão. Neste tempo, os dias começam a crescer, e o sol, parecendo exausto e exangue, depois de uma longa marcha anual, renasce vivo e surpreendente. É neste contexto, do "Sol Invicto", solsticial, que vai aparecer na face da Terra "o verdadeiro Sol Nascente" (Cf. Lc 1,78), isto é, Cristo Jesus Nosso Senhor. Também a antífona da Liturgia das Horas, do dia 24 de dezembro, inspirando-se no Sl 19,5-6, na sua realidade cósmico-histórico-salvífica, vai cantar belamente: "Quando o sol sair, vereis o Rei dos reis que vem do Pai, como o esposo sai da sua câmara nupcial".

QUANDO SE INICIA O ANO LITÚRGICO?
16 - Diferente do ano civil, mas, como foi dito, não contrário a ele, o Ano Litúrgico não tem data fixa de início e de término. Sempre se inicia no primeiro Domingo do Advento, encerrando-se no sábado da 34ª semana do Tempo Comum, antes das vésperas do domingo, após a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Esta última solenidade do Ano Litúrgico marca e simboliza a realeza absoluta de Cristo no fim dos tempos. Daí, sua celebração no fim do Ano Litúrgico, lembrando, porém, que a principal celebração litúrgica da realeza de Cristo se dá sobretudo no Domingo da Paixão e de Ramos.
17 - Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode saber quando vai ter início o Ano Litúrgico, pois ele se inicia sempre no domingo mais próximo de 30 de novembro. Na prática, o domingo que cai entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro. A data de 30 de novembro é colocada também como referencial, porque nela a Igreja celebra a festa de Santo André, apóstolo, irmão de São Pedro, e Santo André foi, ao que tudo indica, um dos primeiros discípulos a seguir Cristo (Cf. Jo 1,40).

ANO LITÚRGICO E DINÂMICA DA SALVAÇÃO
18 - Tendo como centro o Mistério Pascal de Cristo, todo o Ano Litúrgico é dinamismo de salvação, onde a redenção operada por Deus, através de Jesus Cristo, no Espírito Santo, deve ser viva realidade em nossas vidas, pois o Ano Litúrgico nos propicia uma experiência mais viva do amor de Deus, enquanto nos mergulha no mistério de Cristo e de seu amor sem limites.

O DOMINGO, FUNDAMENTO DO ANO LITÚRGICO
19 - O Concílio Vaticano II (SC nº 6), fiel à tradição cristã e apostólica, afirma que o domingo, "Dia do Senhor", é o fundamento do Ano Litúrgico, pois nele a Igreja celebra o mistério central de nossa fé, na páscoa semanal que, devido à tradição apostólica, se celebra a cada oitavo dia.
20 - O domingo é justamente o primeiro dia da semana, dia da ressurreição do Senhor, que nos lembra o primeiro dia da criação, no qual Deus criou a luz (Cf. Gn 1,3-5). Aqui, o Cristo ressuscitado aparece então como a verdadeira luz, dos homens e das nações. Todo o Novo Testamento está impregnado dessa verdade substancial, quando enfatiza a ressurreição no primeiro dia da semana (Cf. Mt 28,1; Mc 16,2; Lc 24,1; Jo 20,1; como também At 20,7 e Ap 1,10).
21 - Como o Tríduo Pascal da Morte e Ressurreição do Senhor derrama para todo o Ano Litúrgico a eficácia redentora de Cristo, assim também, igualmente, o domingo derrama para toda a semana a mesma vitalidade do Cristo Ressuscitado. O domingo é, na tradição da Igreja, na prática cristã e na liturgia, o "dia que o Senhor fez para nós" (Cf. Sl 117(118),24), dia, pois, da jubilosa alegria pascal.

AS DIVISÕES DO ANO LITÚRGICO
22 - Os mistérios sublimes de nossa fé, como vimos, são celebrados no Ano Litúrgico, e este se divide em dois grandes ciclos: o ciclo do Natal, em que se celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus, e o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão ao céu e a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na solenidade de Pentecostes.
23 - O ciclo do Natal se inicia no primeiro domingo do Advento e se encerra na Festa do Batismo do Senhor, tendo seu centro, isto é, sua culminância, na solenidade do Natal. Já o ciclo da Páscoa tem início na Quarta-Feira de Cinzas, início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo Pascal, encerrando-se no Domingo de Pentecostes. A solenidade de Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa.
24 - Entremeando os dois ciclos do Ano Litúrgico, encontra-se um longo período, chamado "Tempo Comum". É o tempo verde da vida litúrgica. Após o Natal, exprime a floração das alegrias natalinas, aí aparecendo o início da vida pública de Jesus, com suas primeiras pregações. Após o ciclo da Páscoa, este tempo verde anuncia vivamente a floração das alegrias pascais. Os dois ciclos litúrgicos, com suas duas irradiações vivas do Tempo Comum, são como que as quatro estações do Ano Litúrgico.
25 - Mais adiante estudaremos cada parte do Ano Litúrgico, com sua expressividade própria, suas celebrações, sua dinâmica e seu mistério.

O "SANTORAL" OU "PRÓPRIO DOS SANTOS"
26 - Em todo o Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos privilegiados (segunda parte do Advento, Oitava do Natal, Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a Igreja celebra a memória dos santos. Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de amor em Cristo Jesus, para a salvação de toda a humanidade, no Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos frutos da redenção, colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus. São os filhos da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor na estrada salvífica do Evangelho. Em outras palavras, o Santoral é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a santidade.

AS CORES DO ANO LITÚRGICO
27 - Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital importância, respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. Assim, é conveniente que se dê aqui a cor dos tempos litúrgicos e das festas. A cor diz respeito aos paramentos do celebrante, à toalha do altar e do ambão e a outros símbolos litúrgicos da celebração. Pode-se, pois, assim descrevê-la:
 Cor roxa
Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-Feira Santa de manhã), e na celebração de Finados, como também nas exéquias.
 Cor branca
Usa-se: Na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.
 Cor vermelha
Usa-se: No Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.
 Cor rosa
Pode-se usar: No terceiro Domingo do Advento (chamado "Gaudete") e no quarto Domingo da Quaresma chamado "Laetare"). Esses dois domingos são classificados, na liturgia, de "domingos da alegria", por causa do tom jubiloso de seus textos.
 Cor preta
Pode-se usar na celebração de Finados
 Cor verde
Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.
Nota explicativa: Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é então o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração dos dias de semana.

ESTRUTURA CELEBRATIVA E PEDAGÓGICA DO ANO LITÚRGICO
28 - Como se vê pelo gráfico, e como já foi referido neste trabalho, o Ano Litúrgico se divide em dois grandes ciclos: Natal e Páscoa. Entre eles situa-se o Tempo Comum, não os separando, mas os unindo, na unidade pascal e litúrgica.
29 - Em cada ciclo há três momentos, de grande importância para a compreensão mais exata da liturgia. São eles: um, de preparação para a festa principal; outro, de celebração solene, constituindo assim o seu centro; e outro ainda, de prolongamento da festa celebrada.
30 - No centro do Ano Litúrgico encontra-se Cristo, no seu Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição). É o memorial do Senhor, que celebramos na Eucaristia. O Mistério Pascal é, portanto, o coração do Ano Litúrgico, isto é, o seu centro vital.
31 - O círculo é um símbolo expressivo da eternidade, e o Mistério Pascal de Cristo, no seu centro, constitui o eixo fundamental sobre o qual gira toda a liturgia.

ESTUDO PORMENORIZADO DE CADA CICLO COM SUAS CELEBRAÇÕES
CICLO DO NATAL
32 - Vejamos agora um pouco de cada momento do ciclo natalino, afim de se ter uma noção mais exata.
Preparação: Advento
Celebração: Natal
Prolongamento: Tempo do Natal
 Advento
33 - O Advento é um tempo forte na Igreja, onde nos preparamos para a celebração do Natal. Tem duas características, marcadas por dois momentos. O primeiro vai do primeiro domingo do Advento até o dia 16 de dezembro. Neste primeiro momento, a liturgia nos fala da segunda vinda do Senhor no fim dos tempos, a chamada escatologia cristã. Já o segundo momento vai do dia 17 ao dia 24 de dezembro. É como que a "semana santa" do Natal. Neste período, a liturgia vai nos falar mais diretamente da primeira vinda do Senhor, no Natal.
34 - No Advento temos quatro domingos, o terceiro chamado "Gaudete", isto é, domingo da alegria.
Podemos dizer que os quatro domingos do Advento simbolizam os quatro grandes períodos em que Deus preparou a humanidade, de maneira progressiva, para a grande obra da redenção em Cristo. Esses quatro períodos são: 1º) O tempo que vai de Adão a Noé - 2º) O tempo de Noé a Abraão - 3º) O tempo de Abraão a Moisés - e 4º) O tempo que vai de Moisés a Cristo. Com Abraão começa, historicamente, a caminhada da salvação (Cf. Gn 12).
35 - Os quatro domingos simbolizam também as quatro estações do ano solar e as quatro semanas do mês lunar. Aqui se pode ver a harmonia entre tempo histórico e tempo cósmico. Também a coroa do Advento, em sua forma circular, com suas quatro velas, quer chamar nossa atenção, já no início do Ano Litúrgico, para o mistério de Deus que nele vamos celebrar. A cor verde dos ramos da coroa (pinheiro, principalmente), fala do mistério cristão, que nunca perde o seu verdor, e simboliza então a esperança e a vida eterna.
36 - Três personagens bíblicos marcam o tempo do Advento. São eles: o profeta Isaías, São João Batista e a Virgem Mãe de Deus. Não é tempo penitencial, no sentido próprio e litúrgico, mas tempo de expectativa, de moderação e de esperança. Por isso, a cor roxa não é muito apropriada para o Advento, mas, oficialmente, ela é a que se deve usar, como foi esclarecido no número 27 deste trabalho.
 Natal
37 - O Natal é a celebração principal de todo o ciclo natalino. Constitui portanto o seu centro. Cristo nasce em Belém da Judéia, em noite fria (inverno), mas traz do céu o calor vitalizante da santidade de Deus, em mensagem de paz dirigida sobretudo aos pobres, com quem se identifica mais plenamente, cumulando-os das riquezas do Reino. Sua "noite feliz" sinaliza para a "noite fulgurante" da Sagrada Vigília Pascal do Sábado Santo, onde as trevas são dissipadas, definitivamente, pela luz do Cristo Ressuscitado.
38 - No Natal se dá a união hipostática, ou seja, a natureza divina se une à natureza humana, numa só pessoa, a pessoa do Verbo Encarnado (Cf. Jo 1,14), mistério que transcende a compreensão humana. É pura humildade de Deus e pura gratuidade do amor divino.
 Tempo do Natal
39 - Como o Advento, tem também o Tempo do Natal dois momentos. Um, imediato: é a Oitava do Natal, que prolonga a solenidade natalina por oito dias, encerrando-se no dia primeiro de janeiro. O segundo momento vai de 2 de janeiro até a Festa do Batismo do Senhor, quando então se encerra o ciclo natalino.
40 - Vejamos agora as festas e solenidades do ciclo do Natal, nomeando-as, mas sem referência a aspectos celebrativos.
No Advento (além dos quatro domingos)
 Solenidade da Imaculada Conceição - em 8 de dezembro
 Festa de Nossa Senhora de Guadalupe - em 12 de dezembro
No Natal
 Solenidade principal do ciclo natalino, com vigília e três missas
No Tempo do Natal
São duas as solenidades e duas também as festas celebradas no Tempo do Natal, além, é claro, da solenidade principal de 25 de dezembro. São elas:
 Solenidade da Santa Mãe de Deus
Esta solenidade é celebrada em 1º de janeiro, com a qual se encerra, como vimos, a Oitava do Natal.
 Solenidade da Epifania
Epifania significa manifestação. É, pois, a manifestação de Jesus ao mundo, como salvador universal. Os magos simbolizam o conjunto das nações e dos povos. A Epifania marca, assim, a universalidade da redenção de maneira viva e simbólica. No Brasil, celebra-se a Epifania no domingo que cai entre os dias 2 a 8 de janeiro.
 Festa da Sagrada Família
Esta festa é celebrada no domingo que cai entre os dias 26 e 31 de dezembro. Se não houver domingo neste período, então a Festa da Sagrada família é celebrada no dia 30 de dezembro, em qualquer dia da semana.
 Festa do Batismo do Senhor
Com a Festa do Batismo do Senhor encerra-se o ciclo do Natal. A data de sua celebração depende da Solenidade da Epifania. Se a Epifania for celebrada até o dia 6 de janeiro, então o Batismo do Senhor se celebra no domingo seguinte. Se, porém, a Epifania for celebrada no dia 7 ou 8 de janeiro, então a Festa do Batismo do Senhor será celebrada no dia seguinte, isto é, na segunda-feira. A Festa do Batismo do Senhor marca o início da vida pública e missionária de Cristo.
41 - Três celebrações natalinas ainda existem, mas são comemoradas fora do ciclo do Natal: a festa da Apresentação do Senhor, em 2 de fevereiro, no Tempo Comum portanto; a solenidade de São José, esposo da Santíssima Virgem, em 19 de março, e a solenidade da Anunciação do Senhor, em 25 de março, estas duas últimas na Quaresma, sendo que, com referência à Anunciação, esta também pode cair, eventualmente, na Semana Santa. Nesta última hipótese, tal solenidade é transferida para depois da Oitava da Páscoa, uma vez que na Semana Santa não se pode fazer nenhuma comemoração que não seja a da sua própria liturgia.
42 - Dentro ainda da Oitava do Natal, três festas do "Santoral" são celebradas, mas com Vésperas da Oitava. São elas: Santo Estêvão, diácono e protomártir, em 26 de dezembro; São João, Apóstolo e Evangelista, em 27 de dezembro; e Santos Inocentes, em 28 de dezembro.

CICLO DA PÁSCOA
43 - Após pequenas considerações sobre o ciclo do Natal, vejamos agora alguns pontos do ciclo pascal, na riqueza também de sua estrutura celebrativa.
Preparação: Quaresma
Celebração: Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor
Prolongamento: Tempo Pascal
44 - A exemplo do que se fez no Ciclo do Natal, aqui se explicita também um pouco cada momento do Ciclo da Páscoa.
 Quaresma
45 - Chamado, liturgicamente, de tempo de preparação penitencial para a Páscoa, a Quaresma, a exemplo também do Advento, tem dois momentos distintos: o primeiro vai da Quarta-Feira de Cinzas até o Domingo da Paixão e de Ramos, e o segundo, como preparação imediata, vai do Domingo de Ramos até a tarde de Quinta-Feira Santa, quando se encerra então o tempo quaresmal.
46 - O tempo da Quaresma é tempo privilegiado na vida da Igreja. É o chamado tempo forte, de conversão e de mudança de vida. Sua palavra-chave é: "metanóia", ou seja, conversão. Nesse tempo se registram os grandes exercícios quaresmais: a prática da caridade e as obras de misericórdia. O jejum, a esmola e a oração são exercícios bíblicos até hoje recomendáveis, na imitação da espiritualidade judaica. No Brasil, realiza-se a Campanha da Fraternidade, com sua proposta concreta de ajuda aos irmãos, focalizando sempre um tema da vida social.
47 - Seis são os domingos da Quaresma, sendo o sexto já o Domingo de Ramos. Como se viu no Advento, tem também a Quaresma o seu domingo da alegria, o 4º domingo, chamado "Laetare".
48 - A palavra "Quaresma" vem do latim "quadragésima", isto é, "quarenta", e está ligada a acontecimentos bíblicos, que dizem respeito à história da salvação: jejum de Moisés no Monte Sinai, caminhada de Elias para o Monte Horeb, caminhada do povo de Israel pelo deserto, jejum de Cristo no deserto etc..
 Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor
49 - O Tríduo Pascal é o centro não só da Páscoa, mas também de toda a vida da Igreja. Na liturgia ocupa o primeiro lugar em ordem de grandeza, não havendo, pois, nenhuma outra celebração que se possa colocar em seu nível. É portanto o cume da liturgia e de todo o acontecimento da redenção. Por isso, deveria estar mais presente, como tema, em toda catequese e ser objeto de interiorização nos encontros eclesiais.
50 - Começa o Tríduo Pascal na Quinta-Feira Santa, na missa vespertina, chamada "Ceia do Senhor", tem seu centro na Vigília Pascal do Sábado Santo e encerra-se com a missa vespertina do Domingo da Páscoa.
51 - O Tríduo Pascal não é - diga-se - um tríduo que nos prepara para o Domingo da Páscoa, mas um tríduo celebrativo do Mistério Pascal de Cristo, que culmina no domingo, "Dia do Senhor". Trata-se, pois, de uma única celebração, em três momentos distintos.
52 - É tão fundamental o Tríduo Pascal que, sem ele, não existiria a liturgia, e o que teríamos era então uma Igreja sem sacramentos e sem a missionaridade redentora. Por que se diz isto? Porque, sem a ressurreição de Cristo - ensina-nos São Paulo (Cf. 1Cor 15,14) - vazia seria toda a pregação apostólica, como vã, vazia e sem sentido seria também a nossa fé. Estaríamos ainda acorrentados nos "Egitos" do mundo e presos aos grilhões do pecado e da morte.
53 - Aplica-se sobretudo ao Domingo da Páscoa tudo o que se disse sobre o domingo, como fundamento do Ano Litúrgico. E mais: o Domingo da Páscoa deve ser visto, celebrado e vivido como o "domingo dos domingos", dia, pois, sagrado por excelência. Se todos os domingos do ano já têm primazia fundamental sobre todos os outros dias, o Domingo da Páscoa destaca-se ainda mais pela sua notoriedade cristã, dada a sua relação teológica com o Cristo Kyrios (Senhor).
 Tempo Pascal
54 - Com a reforma litúrgica do Concílio Vaticano II, somente duas celebrações hoje na Igreja têm "oitava", isto é, um prolongamento festivo por oito dias, durante o qual a liturgia se volta para a solenidade principal. Estas duas celebrações são Natal e Páscoa. A Oitava da Páscoa vai, assim, do Domingo da Páscoa ao domingo seguinte.
55 - Os domingos do Tempo Pascal são chamados de "Domingos da Páscoa", com a identificação de 1º, 2º etc.. São sete tais domingos, e, no sétimo, no Brasil se celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor. Como se vê, o prolongamento mais extenso da Páscoa se dá então até a Solenidade de Pentecostes. Segundo Santo Atanásio, o Tempo Pascal deve ser celebrado como um "grande domingo", ou seja, um domingo com duração de 50 dias.
Solenidades do Tempo Pascal
56 - Como já ficou evidenciado acima, além do Tríduo Pascal, que é a celebração principal da Páscoa, duas outras solenidades marcam também o Tempo Pascal. São elas:
 Ascensão do Senhor
57 - No Brasil, é o domingo que celebra a subida do Senhor ao céu, quarenta dias após a ressurreição (Cf. At 1,1-3). A data certa da solenidade seria na quinta-feira precedente, mas, como no Brasil não é feriado, transferiu-se então tal comemoração para o domingo seguinte, ocupando, pois, tal solenidade o lugar do 7º Domingo da Páscoa.
 Pentecostes
58 - Como sabemos, Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da Páscoa. É a solenidade que celebramos após 50 dias da ressurreição. Marca o início solene da vida da Igreja (Cf. At 2,1-41), não o seu nascimento, pois este se dá, misteriosamente, na Sexta-Feira Santa, do lado do Cristo Crucificado, como sua esposa imaculada.
59 - Pentecostes, como já foi dito, coroa a obra da redenção, pois nela Cristo cumpre a promessa feita aos apóstolos, segundo a qual enviaria o Espírito Santo Consolador, para os confirmar e os fortalecer na missão apostólica. A vinda do Espírito Santo, no episódio bíblico de At 2,1-4, deve ser entendida em dimensão também eclesiológica, ou seja, como ação estendida a toda a Igreja, no desejo do Pai e do Filho. Com Pentecostes encerra-se, pois, o ciclo da Páscoa.

TEMPO COMUM
60 - Após pequenas considerações sobre os dois ciclos do Ano Litúrgico, vamos agora a um pequeno comentário sobre o Tempo Comum. Por "Tempo Comum", devemos entender - repetimos - aquele longo período, que se encontra entre os ciclos do Natal e da Páscoa. Na prática são 33 ou 34 semanas.
61 - Começa esse tempo litúrgico na segunda-feira após a Festa do Batismo do Senhor, ou na terça-feira, quando a Epifania é celebrada no dia 7 ou 8 de janeiro, hipótese em que o Batismo do Senhor é celebrado então na segunda-feira. Na terça-feira de Carnaval, o Tempo Comum se interrompe, reiniciando-se na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e prolongando-se até o sábado que precede o primeiro Domingo do Advento.
62 - No Tempo Comum não se celebra um aspecto de nossa fé, como é o caso do Natal (Encarnação), e Páscoa (Redenção), mas celebra-se todo o mistério de Deus, em sua plenitude. Uma temática pode, porém, nele aparecer, quando nele se celebram algumas solenidades, como "Santíssima Trindade", "Corpus Christi" etc., chamadas na liturgia de "Solenidades do Senhor no Tempo Comum".
63 - Não existe uma liturgia para o 1º Domingo do Tempo Comum, porque, neste, a Igreja celebra, nas hipóteses já referidas, a Festa do Batismo do Senhor. Diz-se então, iniciando esse período, "primeira semana do Tempo Comum", que começa na segunda-feira ou na terça-feira, como já vimos. A partir do segundo domingo é que começa, oficialmente, a enumeração dos domingos do Tempo Comum, como conhecemos.
64 - Dadas como foram as festas e solenidades dos dois ciclos litúrgicos, aqui são dadas também, agora, as festas e solenidades do "Santoral", celebradas, em sua maioria, no Tempo Comum, salvo aquelas já referidas nos ciclos comentados. Vejamos então:

Solenidades do Senhor no Tempo Comum
65 - São quatro as celebrações assim denominadas. São também móveis, isto é, sua data de celebração depende da Páscoa. Ei-las:
 Santíssima Trindade
Celebra-se no domingo seguinte ao de Pentecostes
 Sagrado Corpo e Sangue do Senhor
Celebra-se na quinta-feira após a solenidade da Santíssima Trindade
 Sagrado Coração de Jesus
Sua celebração se dá na 2ª sexta-feira após "Corpus Christi"
 Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
É celebrada no último domingo do Tempo Comum, ocupando o lugar do 34º domingo.
66 - Também no Tempo Comum são celebradas algumas festas do Senhor. Estas, quando caem no domingo, ocupam o seu lugar. São elas:
 Apresentação do Senhor
Celebra-se no dia 2 de fevereiro
 Transfiguração do Senhor
Sua celebração é em 6 de agosto
 Exaltação da Santa Cruz
Celebra-se em 14 de setembro
67 - Além das "festas do Senhor" acima referidas, outras festas e solenidades são celebradas no Tempo Comum, pertencentes então ao "Santoral". Ei-las:

Solenidades
 Natividade de São João Batista - em 24 de junho
 São Pedro e São Paulo - em 29 de junho (ou no domingo seguinte)
 Assunção de Nossa Senhora - em 15 de agosto (no Brasil, no domingo seguinte)
 Nossa Senhora Aparecida - em 12 de outubro
 Todos os Santos - no 1º domingo de novembro. Se, porém, o dia de "Finados" for domingo, a solenidade de "Todos os Santos" é celebrada então no dia primeiro, sábado. Isto porque "Finados" tem precedência litúrgica e é celebração fixa de 2 de novembro.
Nota: As solenidades do "Santoral", quando caem no Domingo Comum, ocupam também o seu lugar. É o caso aqui da "Natividade de São João Batista" e "Nossa Senhora da Conceição Aparecida".
Festas do "Santoral" celebradas no Tempo Comum
 Conversão de São Paulo, Apóstolo - em 25 de janeiro
 Cátedra de São Pedro - em 22 de fevereiro
 São Marcos, Evangelista - em 25 de abril
 São Filipe e São Tiago - em 3 de maio
 São Matias, Apóstolo - em 14 de maio
 Visitação de Nossa Senhora - em 31 de maio
 São Tomé, Apóstolo - em 3 de julho
 São Tiago Maior, Apóstolo - em 25 de julho
 São Lourenço, Diácono e mártir - em 10 de agosto
 Santa Rosa de Lima - em 23 de agosto
 São Bartolomeu, Apóstolo - em 24 de agosto
 Natividade de Nossa Senhora - em 8 de setembro
 São Mateus, apóstolo e evangelista - em 21 de setembro
 São Miguel, São Gabriel e São Rafael, arcanjos - em 29 de setembro
 São Lucas, evangelista - em 18 de outubro
 São Simão e São Judas Tadeu - em 28 de outubro (apóstolos)
 Dedicação da Basílica de Latrão - em 9 de novembro
 Santo André, Apóstolo - em 30 de novembro
68 - Neste trabalho não houve referência às memórias (obrigatórias ou facultativas), que a Igreja celebra também durante todo o ano litúrgico. As memórias são omitidas quando caem no domingo e nos tempos privilegiados, podendo contudo ser celebradas como facultativas, nas normas litúrgicas. Quanto às festas dos santos, são também omitidas quando caem nos domingos, mas são celebradas nos dias de semana dos tempos privilegiados.
69 - Chamam-se "Próprio do Tempo" as celebrações dos ciclos festivos (Natal e Páscoa), como também as do Tempo Comum, ligadas ao mistério da redenção. As celebrações dos santos são chamadas "Próprio dos Santos", ou "Santoral".

GRAUS DAS CELEBRAÇÕES E PRECEDÊNCIA DOS DIAS LITÚRGICOS
70 - Um dado importante vamos ver agora: é que o aspecto hierárquico da Igreja estende-se também à liturgia. Assim, entende-se que, na liturgia, não só os ritos têm grau de importância diferente, como também as próprias celebrações divergem quanto à sua importância litúrgica.
71 - Podemos afirmar então que existem graus e precedência nas celebrações, e se dizemos genericamente "festas", três na verdade são os graus da celebração: "solenidade", "festa" e "memória", podendo esta última ser ainda obrigatória ou facultativa. Neste subsídio, a palavra "festa" sempre é usada no conceito aqui ora exposto, a fim de evitar mal-entendidos. Vejamos então:

 Solenidade
72 - É o grau máximo da celebração litúrgica, isto é, aquele que admite, como o próprio nome sugere, todos os aspectos solenes e próprios da liturgia. Na "solenidade", então, três são as leituras bíblicas, canta-se o "Glória" e faz-se a profissão de fé. Para a maioria das solenidades existe também prefácio próprio. Embora no mesmo grau, as "solenidades" distinguem-se ainda, entre si, quanto à precedência. Somente o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e ressurreição do Senhor está na liturgia em posição única. As demais solenidades portanto se acham na tabela oficial distinguindo-se apenas quanto ao lugar que ocupam no mesmo nível. Assim, depois do Tríduo Pascal, temos: Natal, Epifania, Ascensão e Pentecostes, o que equivale a dizer que estas quatro solenidades são as mais importantes depois do Tríduo Pascal, mas Natal vem em primeiro lugar, na ordem descrita.

 Festa
73 - "Festa" é a celebração um pouco inferior à "solenidade". Identifica-se, inicialmente, com as do dia comum, mas nela canta-se o "Glória" e pode ter prefácio próprio, dependendo de sua importância. Com referência a "festa" e "solenidade", na Liturgia das Horas (Ofício das Leituras), canta-se ainda o "Te Deum", fora, porém, da Quaresma. Como já se falou , as "festas" do Santoral são omitidas quando caem em domingo.

 Memória
74 - "Memória" é, sempre, celebração de santos, um pouco ainda inferior ao grau de "festa". Na celebração da "memória", não se canta o "Glória". A "memória" é obrigatória quando o santo goza de veneração universal. Isto quer dizer que em toda a Igreja se celebra a sua memória. É, porém, facultativa quando se dá o contrário, ou seja, quando somente em alguns países ou regiões ele é cultuado.
75 - As "memórias" não são celebradas nos chamados tempos privilegiados, a não ser como facultativas, e dentro das normas litúrgicas para a missa e Liturgia das Horas, conforme já se falou neste trabalho. Quando caem em domingo, são também omitidas, repetindo-se aqui o que já foi explanado.
76 - A "memória" pode tornar-se "festa", ou mesmo "solenidade", quando celebração própria, ou seja, quando o santo festejado for padroeiro principal de um lugar ou cidade, titular de uma catedral, como também quando for titular, fundador ou padroeiro principal de uma Ordem ou Congregação. Também a "festa" pode tornar-se "solenidade" nas circunstâncias litúrgicas aqui descritas, estendendo-se esse entendimento às celebrações de aniversário de dedicação ou consagração de igrejas.

BIBLIOGRAFIA
1 - Missal Romano
2 - Normas Universais do Ano Litúrgico e do Calendário
3 - Documento da CNBB - nº 43
4 - Ano Litúrgico (Adolf Adam)
5 - Documentos Pontifícios nº 144 (SC) - Concílio Vaticano II