domingo, 13 de fevereiro de 2011

Um coração que seja puro
 
Mons. Aderson Neder, neder@arquidiocesedebelem.com.br
A pureza é a vivência da autêntica beleza da vida, virtude que marca a vida dos santos e santas, desde o início de seus anos ou, pelo menos, depois de terem realizado a conversão mais sincera e decidida. Isto, por exemplo, aconteceu com Santo Agostinho de Hipona, com mais de 30 anos ou com o beato Charles de Foucauld, que também encontrou Deus em sua vida dissipada mais ou menos com essa idade.
A pureza é uma virtude que a Palavra de Deus nos ensina assumi-la, como o salmo 50, o mais penitencial da Bíblia, reza num pedido sincero: "Criai em mim um coração que seja puro e concedei-me um espírito decidido!". É uma virtude que deve ser desenvolvida, portanto, mas é também um dom de Deus, que deve ser constantemente pedido. Quando alcançado, nem que seja no início da ajuda divina, há necessidade, como pede o salmo, de um espírito decidido. Na verdade, conservar esse dom ou desenvolver essa virtude não é tão fácil assim, principalmente quando se trata de alguém que se converteu, mas, antes disso, tinha uma vida desenfreada no uso do sexo.
Castidade é o nome da virtude que nos faz observar a pureza que pedimos a Deus. Todos temos que observá-la, em qualquer estado de vida que abraçamos. Desde a nossa infância deveríamos ser educados pelos nossos pais para que observássemos essa virtude. Tal educação influenciaria muito para uma salutar mudança em nossa sociedade.
A vocação mais exigente em termos de castidade é a de consagração total da vida a Deus. Ela se distingue no chamado ao sacerdócio, - só no rito romano, - quando aquele que recebe o sacerdócio, seja no presbiterado, seja no episcopado, já implicitamente faz esse compromisso, quase como um voto de renunciar ao matrimônio. Explicitamente fazem o voto de castidade total os que se consagram a Deus pela vida religiosa, seja no ramo masculino, seja no feminino.
Quem se sente chamado ao matrimônio, deve observar a castidade no sentido de ser fiel ao cônjuge, isto é, não ter relacionamento sexual com outra pessoa que não seja aquele ou aquela com quem se casou. Além do mais, a prática sexual deve ser normal, ou seja, só aquela que Deus estabeleceu e não aqueles atos que o mundo inventa e que em geral são pecados mortais. Antes do casamento, como qualquer cristão batizado, o jovem ou a jovem não podem experimentar o sexo como uma diversão, mas deve se manter totalmente puro ou casto. Nem o namoro nem o noivado, portanto, dão direito à prática sexual, mas só o casamento religioso.  Uma boa orientação sexual dada pelos pais pode favorecer uma boa educação nesse sentido. O importante é ter confiança nas pessoas que assumirem tal encargo, pois, trata-se de uma educação importantíssima para a vida humano-cristã. 
Fonte: Voz de Nazaré

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