quarta-feira, 22 de junho de 2011

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta aoSéculo XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agostode 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa daSantíssima Trindade, que acontece no domingo depois dePentecostes.
O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.
A festa de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.
A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Corpus Christi é celebrado 60 dias ápos a páscoa.

terça-feira, 21 de junho de 2011

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As características do amor

O amor sobrepõe todas as paixões
Quando olhamos a manifestação do Espírito Santo, como o uso dos dons, tocamos na maravilha de Deus, que concede a Seu povo muitas bênçãos. Muitas vezes, nos questionamos: "Será que a ação de Deus se manifesta assim em mim?" Observe: todos esses dons são importantes, porém, a Palavra de Deus nos indica que o amor é o maior de todos os dons. Podemos até fazer bastante barulho, como um sino, mas é o amor que dá consistência à alma.

Você já sentiu um grande vazio em sua alma? Esse vazio se dá pela falta do Deus-Amor em nossa vida, se não amamos e não nos deixarmos amar sempre nos sentiremos vazios. Todas as nossas atitudes precisam ser por amor. Existem muitas pessoas que vivem correndo e movendo mundos e fundos, fazem muito, mas não amam nem se deixam amar.

Na vida o que realmente faz diferença são as pessoas que estão ao nosso lado; os idosos sabem bem disso. É desesperador quando alguém afasta de si as pessoas que o amam. E você pode se perguntar: "Não é a caridade que salva?" Podemos até fazer boas obras com a intenção de prejudicar alguém, com fins políticos, em nosso nome, para nos vangloriarmos, para sermos vistos pelas pessoas. Se o fazemos com essa mentalidade não há amor.

Aquilo que fazemos sem amor pouco é aproveitado, não nos sacia. Assim como nosso corpo tem necessidade de se alimentar, o mesmo ocorre com nossa alma, ela precisa de alimento. Só o amor nos torna imunes à maldade que tenta entrar em nossa alma. O amor não é um sentimento, não é uma paixão, estas são coisas distintas. Quando nós amamos alguém estamos a favor dessa pessoa, pois o amor pensa no outro, ao passo que a paixão pensa em si mesma. O amor alimenta a alma; a paixão a consome.

O amor traz em si características que são próprias dele. Ser paciente, esperar o processo do outro, a lentidão do outro. Se não amamos não temos paciência, pois o processo do outro nos faz sofrer. Quem ama tem paciência e espera pelo outro.

Para curarmos a maldade que sai da nossa boca é preciso pensar bem dos outros, querer o bem deles e lhes fazer o bem, como nos ensina Dom Bosco. O amor não tem inveja, quando você se perceber tendo inveja de alguém se pergunte: "Por que eu não amo essa pessoa?" O amor expulsa a inveja, ele não é presunçoso nem se enche de orgulho (cf. I Cor 13, 1-13).

Tudo o que não é amor em nossa vida é pecado. Quando lançamos raízes no amor até rezamos pelos nossos inimigos. Quando dizemos que Deus é amor e que Ele nos ama, estamos dizendo que Ele tem paciência conosco, que Ele não está interessado em nossos bens, porque o Senhor nos ama e não tem raiva de nós, nem se alegra com os nossos sofrimentos. Ele se alegra quando nós nos encontramos com a verdade.

Meu Deus acredita em mim, mesmo quando eu não acredito em mim mesmo. Meu Deus me espera e de mim espera tudo de bom. O amor jamais acabará. O amor sobrepõe todas as paixões.

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Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".
21/06/2011 - 08h20
Fonte:cancaonova.com
Homilia dominical
 
Padre Romeu Ferreira, romeufsilva@gmail.comFormado em Exegese pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma
Texto: Jo 20,19-23 
"… Jesus entrou e pondo-se no meio deles disse: "A paz esteja convosco". 20 Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21 Novamente Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio". 22  E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: "Recebei o Espírito Santo...".
COMENTÁRIO
Aqui, de imediato, só está o núcleo do texto citado (Jo 20,19-23), dispensando a situação anterior e posterior: a referência ao dia da semana, o estado de ânimo deles (medo e fechados); assim como a sequência, na atualização do perdão dos pecados, outorgado pelo mestre.
Jesus introduz sua mensagem com "A paz esteja convosco". Esta é a saudação típica do Ressuscitado. Ele o faz por duas vezes, veracidade da saudação (Dt 19,15).
Pois bem, a melhor maneira para entender em profundidade o Evangelho de João é a leitura feita a partir da Ressurreição de Jesus e suas aparições. No texto deste domingo há três vertentes: Ressurreição, Aparição e Missão.
Celebramos Pentecostes, festa maior em tempo pleno, como resultado da Ressurreição (7x7+1=50): "chegado à plenitude dos tempos Deus mandou o seu filho..." (Gl 4,4): 'na plenitude do tempo pascal' Deus manda o Espírito Santo), 50 dias após a Páscoa. Esse dia seguinte às sete semanas, o Pentecostes, é o tempo completo cronos e o tempo oportuno kairos, para receber e oferecer: receber o Espírito e agir pelo Espírito. Jesus enviado, envia: "como o Pai me envio, também eu vos envio". Outrora ele dissera: "Quem vos recebe, a mim recebe, e quem me recebe, recebe ao que me enviou" (Mt 10,40). Há um elo forte e íntimo que vem desde as origens até à meta da missão projetada.
Ora, o Espírito (= pneuma, em grego, língua original do Novo Testamento) está presente no início da criação e no final dela como sopro de Deus que paira sobre as águas e que gera o homem, como resultado da ação divina. Assim, o Espírito (pneuma) que normalmente se traduz como sopro, vento, ar, não é assim. O pneuma, (Espírito) não é sopro e sim o resultado do sopro. A palavra bíblica Espírito nos dá em seu original o significado, pois toda palavra (substantivo grego) terminada em "ma", como Espírito (pneuma) é uma palavra passiva; ou seja, ela é o resultado da ação. Assim sendo, a Igreja e a missão, nascem em Pentecostes, no Espírito Santo, como resultado da ação de Deus nas pessoas.
A presença do Espírito  Santo afugenta o medo e nos faz capazes de agir como Jesus que enviado nos envia de igual maneira e com idêntica capacidade. O alento e vigor do Espírito Santo nos capacita a prosseguir com alegria e confiança  a missão que Jesus, enviado do Pai nos confia. 
 
Fonte: Homilia dominical      
Belém vai à missão
O Projeto Igreja Belém em Missão foi lançado, no dia 9, com objetivo de fazer com que a Palavra seja conhecida, amada e vivenciada por todos. Além de ser uma preparação para o XVII Congresso Eucarístico Nacional e a comemoração dos 400 anos da fundação da capital paraense, ambos em 2016.
Em comunhão com a dimensão missionária continental apresentada na V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em 2007, o projeto busca "confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários" (Documento de Aparecida).
Para monsenhor Raimundo Possidônio, até 2015, a meta é "evangelizar a cidade de Belém e prepará-la para os 400 anos de evangelização de Belém". "Nós vamos fazer isso dando vários passos. Um trabalho capilar de evangelização, que nós chamamos também de porta-a-porta, rua-a-rua, pra levar e transmitir a Boa Nova do evangelho às pessoas e formar comunidades nas regiões onde não existe a presença da Igreja Católica, onde ela é rarefeita", explica.
Dois encontros de formação já foram realizados na Arquidiocese de Belém, com cerca de 600 missionários, em agosto e novembro. O próximo será um retiro espiritual nos dias 19 e 20 de março e o objetivo é duplicar o número de enviados à missão. Segundo o sacerdote "cada grupo missionário tem que escolher uma área de atuação para o projeto, na paróquia ou na cidade de Belém. Neste momento eles estão nessas áreas para conhecer melhor, conhecer as pessoas. E, ao mesmo tempo, eles estão com outra tarefa que é envolver toda a paróquia, o pároco, conselho pastoral e as pastorais neste trabalho".
Monsenhor Possidônio esclarece que o projeto Igreja Belém em Missão é realizável graças ao empenho e dedicação do laicato: "Sem o leigo não há trabalho pastoral, não há trabalho missionário, não há trabalho de Igreja. A função do pároco é ser o incentivador, o animador, que integra que articula, mas quem faz o trabalho missionário é o leigo. O leigo é de fundamental importância para que se faça, deste Belém em Missão, um projeto que realmente prepare a Arquidiocese para as celebrações jubilares de 2016". 
Namoro sob a luz da Santa Igreja
 
Tempo de conhecimento e preparação para o matrimônio, o namoro cristão se confirma na legitimidade do compromisso com Deus, com a castidade, com a vida e com a família
Em tempos em que o "ficar" se tornou regra, namoro parece coisa do passado. E pior, o matrimônio passa longe dos pensamentos e desejos de boa parte da juventude. Mas apesar de um panorama tão frágil, sob o ponto de vista cristão, dentro do seio da Igreja, não é difícil encontrar jovens que decidem dizer sim ao verdadeiro amor, como o casal Anna Camila Franco, 21, e Fabrício Soares, 26, que comemora o Dia dos Namorados, 12 de junho, com a consciência de ser um casal autenticamente cristão.
Ela é acadêmica de medicina e ele fisioterapeuta e estudante de administração. E mesmo com o tempo repleto de responsabilidades, foi na Igreja que eles se conheceram. Membros da comunidade Casa da Juventude Católica (Caju), local onde puderem aprender os valores de uma vida cristã, o casal teve a base necessária para dar os primeiros passos de um relacionamento sólido que já dura um ano e três meses.
Segundo Anna Camila, o namoro é um tempo de conhecimento e, de fato, uma preparação para o matrimônio. "Eu sonho em ser mãe e constituir minha família, o sentimento é de sempre almejar algo mais sério. Caso contrário não faria o menor sentido estarmos juntos".
Essa legitimidade pelo compromisso é o que caracteriza o "namoro cristão", que alguns jovens casais, como Anna Camila e Fabrício, decidiram vivenciar.
Uma experiência única e verdadeira, que para o padre Rangel Bentes só trará benefícios para uma vida inteira. O presbítero, que é responsável pelo Setor Juventude da Arquidiocese de Belém é também vigário paroquial de São João Batista e Nossa Senhora das Graças em Icoaraci, atua com os jovens e conhece de perto a realidade, os medos e dúvidas dos casais ao assumirem um compromisso. Para ele, o desafio está na própria concepção que existe hoje na sociedade, valorizando o que é passageiro e fugaz, além do forte apelo sexual. "Na mentalidade do jovem, o que vale é a 'experiência' que se tem ao longo do tempo. O problema é mais tarde, quando se decide por casar, o jovem não consegue deixar de viver aquela experiência, esquece a fidelidade, ou não a compreende, e não vive a plenitude do matrimônio".
PLENITUDE
E é exatamente em busca desta "plenitude do amor" entre um homem e uma mulher que o jovem casal Anna Camila e Fabrício almeja alcançar. "É muito bom quando se encontra alguém que seja seu alicerce, que partilha de suas convicções e o apoia espiritualmente na vocação. É muito mais fácil. Um namoro cristão é um desafio, pois como socialmente se é conduzido a viver uma 'coisa', ninguém quer ser 'o diferente'. Mas juntos é possível superar estas dificuldades ", afirma Anna.
Apesar de tantos aspectos positivos, porque então casais como Anna Camila e Fabrício sejam uma exceção? Para o padre Rangel Bentes, o motivo é que também há uma lacuna na formação familiar. É preciso a presença dos pais neste sentido. "A autoridade dos pais deve ser firme. Se ele diz ao filho, vá à escola, ao curso de inglês, porque não também dizer: vamos à Igreja, à catequese. Essa formação inicial é crucial e irá determinar a posição deste jovem por toda uma vida", ensina.
 
Fonte: Fundação Nazaré  
Comunhão e sexualidade
 
Monsenhor Raimundo Possidônio
"Sou homossexual, mas vivo o celibato. Mesmo assim, eu posso comungar o corpo e o sangue de Cristo?" (P.B.S. - Castanheira - Belém) 
Prezado irmão, vou lhe responder ao copiar literalmente  o que diz o CIC número 2359 sobre o seu caso: "As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, as vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem se aproximar gradual e resolutamente da perfeição cristã". (Leia mais: CIC 2337 a 2358).
A Congregação para a Doutrina da Fé escreveu em 1986 uma "Carta aos Bispos sobre o atendimento pastoral das pessoas homossexuais". Caso não consiga o documento nas livrarias católicas acesse o site:www.vatican.va e digite homossexualismo você o encontra na íntegra, em português.
"Por que em dias de solenidade, padres e bispos usam as vestimentas tão diferentes e brilhosas? Não seria um contratestemunho de pobreza e humildade?" (Cristina Cesário - Terra Firme, Belém). 
Cristina, caríssima, as vestes litúrgicas ou paramentos expressam nas celebrações o sentido de revestir-se de Cristo, da sua autoridade e do seu serviço.  Os ministros revestem-se de Cristo para exercer seu ofício, sua função, e nisso se manifesta também a variedade das vestes: representam a diversidade dos ministérios. As cores devem visar manifestar o caráter dos mistérios celebrados, conforme desenrolar do ano litúrgico; convém que as vestes litúrgicas contribuam para a beleza da ação sagrada. "A beleza e a nobreza das vestes decorra do tecido e da forma; se houver ornatos, sejam figuras ou símbolos que indiquem o uso sagrado. E sejam simples, mas belos. Deve-se excluir tudo que não serve para o culto sagrado". (Missal Romano 344). Nessas orientações podemos perceber que a Igreja deseja que tudo que se realize nas celebrações manifeste o Mistério, o Sagrado, também as vestes, de modo que nada obscureça ou desvie o seu sentido. O exagero nas apresentações: paramentos, vasos litúrgicos, ornamentações... às vezes só serve para confundir os fiéis. Cito um exemplo: quando alguém diz: "Que toalha esplendorosa!" (pelo requinte dos brocados e coloridos) significa que ela não está vendo o essencial que é o altar que é Cristo; a toalha do altar deveria ser branca, sempre, e nunca esconder o altar que deve ter uma visibilidade total. Tudo o que é usado nas celebrações deve ser verdadeiramente digno, belo e decoroso.
Envie sua pergunta ao monsenhor Raimundo Possidônio para:
voz@fundacaonazare.com.br ou para a Fundação Nazaré de Comunicação, na av. Gov. José Malcher, 915, ed. Paulo VI, bairro Nazaré, CEP 66055-260.
 
Fonte: O padre responde  

sábado, 18 de junho de 2011

Católicos adoram um só Deus em três pessoas
 
Pai. Filho. Espírito Santo. O mistério da Santíssima Trindade, que será celebrada neste domingo 19, aprofunda a unidade fraterna dos cristãos.
Conversa com meu povoDom Alberto Taveira Corrêa Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
Para que o mundo seja salvo
"Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Pois Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. Quem crê nele não será condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus" (Jo 3, 16-18).
"A missão do anúncio da Boa Nova de Jesus Cristo tem uma destinação universal. Seu mandado de caridade alcança todas as dimensões da existência, todas as pessoas, todos os ambientes da convivência e todos os povos. Nada do humano pode lhe parecer estranho.  A Igreja sabe, por revelação de Deus e pela experiência humana da fé, que Jesus Cristo é a resposta total, superabundante e satisfatória às perguntas humanas sobre a verdade, o sentido da vida e da realidade, a felicidade, a justiça e a beleza. São as inquietações que estão arraigadas no coração de toda pessoa e que pulsam no mais profundo da cultura dos povos. Por isso, todo sinal autêntico de verdade, bem e beleza na aventura humana vem de Deus e clama por Deus" (DAp 380). Não há campo de atividade humana que fique fora do alcance do amor de Deus e de seu desígnio universal de salvação, e a Igreja, com plena consciência de seus deveres, quer alcançar a todos e chegar aos mais distantes recantos onde se encontre um grito de socorro ou um anelo de salvação.
A V Conferência dos Bispos da América Latina e do Caribe identificou alguns rostos sofredores que clamam atenção especial da Igreja e de toda a sociedade, dentre tantos desafios existentes. São as pessoas que vivem na rua das grandes cidades, os migrantes, os enfermos, os dependentes de drogas e os detidos em prisões. E nos deparamos a cada dia com vários desses rostos sofredores! Uma primeira reação pode ser o acomodamento, com o qual apenas nos rendemos diante das dificuldades práticas. Sempre existiram tais problemas! Outra, infelizmente muito comum, é a quantidade de projetos teóricos, leis e pretensas reformas que não saem do papel.
Mas existem muitas pessoas, quais formiguinhas trabalhadoras, dia e noite, que fazem o que lhes é possível. Na Região Metropolitana de Belém, tenho encontrado muitas famílias que acolhem pessoas vindas do interior à procura de trabalho, e o fazem graciosamente, com grande generosidade. Nossos grupos e movimentos pastorais que trabalham com o povo que vive da rua testemunham também a solidariedade que brota entre pessoas que perderam tudo. Parece brotar do barro um fiapo de relações humanas, quem sabe esboçadas em sorriso! Lá de dentro, vem à tona a dignidade nunca perdida aos olhos de Deus. Para a saúde, há inúmeras iniciativas, quais sejam as de cuidados básicos e simples. O que se faz através da Pastoral da Criança é reconhecido por toda a sociedade! Pastoral Carcerária para nós significa presença diuturna, com visitas semanais a todos os presídios, com um esquadrão de homens e mulheres, cujas palavras e gestos semeiam cura e libertação. E os drogados? Já se delineia a instalação da Fazenda da Esperança em nossa Arquidiocese, além de centros já existentes. E as respostas a tais rostos que doem em nós e na sociedade, dadas por pessoas desconhecidas, anônimas do bem, cujos gestos de amor serão reconhecidos no dia do exame final? A elas também o reconhecimento!
Ninguém passe em vão ao nosso lado! Os rostos sofridos são expressão de um mistério mais profundo, cujo nome é pecado! Trata-se do rompimento de um relacionamento de amor, que tem a idade da eternidade, no seio da Trindade Santíssima, destinado a envolver a todos os homens e mulheres de todos os tempos. Pecar é não aceitar a proposta de amor que vem do próprio Deus! Pecar é embotar a própria vida, buscando apenas a si mesmo. As consequências têm rosto! Outras faces do mesmo drama estão, quem sabe, escondidas atrás de fachadas muito bem acabadas de casas ou de rostos maquiados. Também elas hão de ser identificadas, para que nenhuma situação humana fique alheia ao nosso amor, como diante de Deus não passam indiferentes. E como sabemos que o pecado corrói o que existe de melhor no ser humano, a virtude, cultivada em todas as suas dimensões, seja tarefa cotidiana, para acolher o dom da salvação que a todos se destina.
Na solenidade da Santíssima Trindade, renova-se a convicção de que os cristãos vivem em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Em nome do Pai olhamos para todas as pessoas humanas e as reconhecemos como membros da única família dos filhos de Deus. O amor do Pai misericordioso se derrame sobre toda a humanidade. Cabe a nós que vivemos em seu nome sermos sinais para os que se encontram mais afastados. Em nome do Filho amado, que se inclinou compassivo, assumindo sobre si as nossas dores, enfermidades e pecados, Senhor e Salvador, nós assumimos a missão de proclamar seu nome e sua graça. Sua presença, reconhecida em todas as faces.
Fonte: CONVERSA COM MEU POVO  

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ex Legionários

No dia 11 de junho de 2011, foi realizado o Encontro com os Ex - Legionários.
Foi um momento marcante, pois, os Ex-legionários que vieram partilharam as experiências que os mesmos tiveram durante o período em que eles eram ativos.




SALVE MARIA!!!
No último dia 11 de junho, as 18:30 hs, foi realizado o segundo terço das Crianças, na Capela Nossa Senhora de Fátima pertencente a Paróquia de São Pedro e São Paulo, localizada na rua Ezeriel Mônico de Matos, bairro do Guamá.

Iniciou-se com as intenções das pessoas presentes. A irmã Camila dirigiu a oração do Santo Terço, intercalando  músicas de Nossa Senhora entre os mistérios.

As crianças estavam bastante concentradas e participaram de modo singelo nesta devoção mariana. A irmã Camila partilhou de forma expressiva o evangelho do dia, levando-nos ao entendimento sereno da palavra de Deus.

 O momento de oração encerrou-se com a consagração a Nossa Senhora. Foram momentos de terna alegria, que se repetirá novamente neste sábado dia 18 de junho de 2011.

Abaixo as fotos das crianças que foram ao terço.




Salve Maria!!!

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O dom do Espírito Santo
 
Dom Alberto Taveira CorrêaArcebispo Metropolitano de Belém do Pará
"O Espírito Santo, sendo único, com uma única maneira de ser e indivisível, distribui a graça a cada um conforme lhe apraz. E assim como a árvore ressequida, ao receber água, produz novos rebentos, assim também a alma pecadora, ao receber do Espírito Santo o dom do arrependimento, produz frutos de justiça. O Espírito tem um só e o mesmo modo de ser; mas, por vontade de Deus e pelos méritos de Cristo, produz efeitos diversos. Serve-se da língua de uns para comunicar o dom da sabedoria; ilumina a inteligência de outros com o dom da profecia. A este dá o poder de expulsar os demônios; àquele concede o dom de interpretar as Sagradas Escrituras. A uns fortalece na temperança, a outros ensina a misericórdia; a estes inspira a prática do jejum e como suportar as austeridades da vida ascética; e àqueles o domínio das tendências carnais; a outros ainda prepara para o martírio. Enfim, manifesta-se de modo diferente em cada um, mas permanece sempre igual a si mesmo, como está escrito: A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum (I Cor 12,5)". O ensinamento de São Cirilo de Jerusalém abre nosso coração para acolher o dom do Espírito Santo na Solenidade de Pentecostes, com a qual se celebra o grande do dom do Cristo Ressuscitado.
A Igreja de Cristo nasceu do seu mistério de morte e ressurreição e foi ungida com o dom do alto, Espírito da Verdade, que a conduz pelos caminhos da história. Em todas as épocas da história, o mesmo Espírito Santo a faz descobrir o modo adequado para evangelizar, levando a boa nova até os confins da terra. E Ele a sustenta através da grande diversidade de dons e ministérios, concedidos em abundância segundo a medida do próprio amor de Deus. Na solenidade de Pentecostes, somos todos convidados a reconhecer em todas as pessoas, como fruto dos sacramentos da iniciação cristã, Batismo, Crisma e Eucaristia, a beleza do jardim de Deus que são as comunidades cristãs. Há muita santidade, há muito bem plantado bem perto de nós e é urgente abrir os olhos. Olhar com benevolência a própria história, a Igreja e o Mundo, dá muito mais trabalho do que apontar os erros. O Espírito nos revele o bem! Mas nada existe de bom e de puro, de inspirado ou verdadeiro que não proceda da ação do Espírito Santo. Olhando ao nosso redor, descobriremos o bem que é feito, inclusive por pessoas de quem humanamente pouco se poderia esperar. É ele que espalha o bem, suscita o perdão, incentiva a busca da verdade, mesmo quando nos sentimos esmagados pelo mal.
O Espírito é dado, mas a recepção da graça depende da abertura de quem a acolhe. Por isso pedimos a abertura do coração e da mente. "Vem, Espírito Santo!" "Visita a alma dos teus!" Ele é o doce hóspede da alma, discreto e silencioso, que só entra quando se dá as boas vindas! Nenhuma casa e nenhum coração rejeitem sua visita! A Ele suplicamos: "Enche o coração dos vossos fiéis!" Só o Espírito Santo pode preencher o vazio dos corações e fazer transbordar o amor, para com este amor comunicarmos o Evangelho aos outros.
A Solenidade de Pentecostes é com frequência chamada de "inauguração da Igreja". Com o mesmo ardor dos Apóstolos, nossa Igreja de Belém pede hoje a renovação das disposições missionárias. Estamos em tempo de "Igreja de Belém em Missão" e os sucessivos retiros paroquiais serão o envio de homens e mulheres aos quais se confia a nova evangelização, especialmente nas visitas às casas. Cada homem e cada mulher, ao professarem a fé em Cristo sintam a certeza da presença daquele que prometeu estar conosco até o fim dos tempos. Sintam-se enviados pelo pastor visível da Igreja em Belém. A todas as pessoas e famílias que forem visitadas, o convite é que abram, mais ainda, escancarem as portas para Cristo. Não tenham medo dele!
Das comunidades cristãs se espalhe o fermento de uma sociedade diferente, num período em que muitas pessoas estão sofrendo na pele e inclusive pagando com a vida um novo relacionamento com a terra. Foram cinco as mortes recentes, por questões fundiárias.
O Espírito Santo suscite perdão no coração das pessoas que sofrem pela morte de seus familiares e amigos. Ele mesmo mude pela raiz a cabeça e o coração dos que cometeram tais crimes. É ainda ao Espírito Santo que suplicamos as luzes para que as autoridades encarregadas de apurar e punir tais crimes estejam mais atentas aos fatos. O Espírito dê de novo entranhas de misericórdia a todos, para a cura do tecido social. Que cada cristão e cada presbítero, revestido do amor decidido e irreversível, deixe que este mesmo Espírito abra portas dos corações. Aos criminosos de todos os lados chegue o convite à reconciliação. "Vem, Espírito Santo"!
 
Fonte: Conversa com meu povo 

domingo, 5 de junho de 2011

O acontecimento

Esta solenidade foi transferida para o 7º domingo após a Páscoa desde seu dia originário, a quinta-feira da 6º semana de Páscoa, quando se cumprem os quarenta dias depois da ressurreição, conforme o relato de São Lucas em seu Evangelho e nos Atos dos Apóstolos; mas continua conservando o simbolismo da quarentena: como o Povo de Deus esteve quarenta dias em seu Êxodo do deserto até chegar à terra prometida, assim Jesus cumpre seu Êxodo pascal em quarenta dias de aparições e ensinamentos até ir ao Pai. A Ascensão é um momento mais do único mistério pascal da morte e ressurreição de Jesus Cristo, e expressa sobretudo a dimensão de exaltação e glorificação da natureza humana de Jesus como contraponto à humilhação padecida na paixão, morte e sepultamento.

Ao contemplar a ascensão de seu Senhor à glória do Pai, os discípulos ficaram assombrados, porque não entendiam as Escrituras antes do dom do Espírito, e olhavam para o alto. Aparecem dois homens vestidos de branco, é uma teofania, a mesma dos dois homens que Lucas descreve no sepulcro (24,4). Neles a Igreja Mãe judaico-cristã via acertadamente a forma simbólica da divina presença do Pai, que são Cristo e o Espírito. 

As palavras dos dois homens são fundamentais: Galileus, o que fazeis aí plantados olhando para o céu? O próprio Jesus que vos deixou para subir ao céu, voltará como vistes marchar (Atos 1,11). Em um excesso de amor semelhante ao que o levou ao sacrifício, o Senhor voltará para tomar os seus e para estar com eles para sempre; e se mostrará como imagem perfeita de Deus, como ícone transformante por obra do Espírito, para nos tornar semelhantes a ele, para contemplá-lo tal como ele é (1 João 3,1-12). Contemplando na liturgia o ícone do Senhor – sobretudo na Eucaristia - intuomos o rosto de Deus tal como é e como o veremos eternamente. E o invocamos para que venha agora e sempre.

No relato deste mistério segundo o Evangelho de São Mateus (28,19-20), o Senho envia os discípulos a proclamar e realizare a salvação, segungo o triplo mistério da Igreja: pastoral, litúrgico e magisterial: Ide e fezei discípulos de todos os povos (pelo anúncio profético e o governo pastoral, formando e desenvolvendo a vida da Igreja), batizando-so em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo (aplicando-lhes a salvação, introduzindo sacramentalmente na Igreja); e ensinando-os a guardar tudo o que vos mandei (mediante o magistério apostólico e a vida na caridade, o grande mandamento). 

O Plano de Deus está sendo cumprido, e a salvação, anunciada primeiro a Israel, é proclamada a todos os povos. Nesta obra de conversão universal, por longa e laboriosa que possa ser, o Ressuscitado estará vivo e operante em meio dos seus: E sabei que eu estou convosco todos os dias até o final dos tempos.

O mistério

A leitura apostólica que a Igreja propõe interpreta perfeitamente o acontecimento da Ascensão do Senhor, adentrando-nos no mistério do ressuscitado no santuário celeste. Agora podemos dizer com o canto do Santo que os céus e a terra estão cheios da glória de Deus (Em Isaías 6,3 só se nomeava a terra). Agora, com a ascensão da humanidade do Filho de Deus, comemorada no mistério litúrgico, sobre a qual repousa a glória do Pai, adorada pelos anjos, também nós somos unidos pela graça a este eterno louvor, no céu e na terra. Estamos no penúltimo momento do mistério pascal, antes da doação do Espírito Santo ao se completarem os cinqüenta dias, o Pentecostes.

A vida cristã

As orações desta solenidade pedem que permaneçamos fiéis à dupla condição da vida cristã, orientada simultaneamente às realidades temporais e às eternas. Esta é a vida na Igreja , comprometida na ação e constante na contemplação. 

Porque Cristo, levantado no alto sobre a terra, atraiu para si todos os homens; ressuscitando dentre os mortos enviu seu Espírito vivificador sobre seus discípulos e por ele constituiu seu Corpo que é a Igreja, como sacramento universal de salvação; estando sentado à direito do Pai, sem cessar atua no mundo para conduzir os homens à sua Igreja e por Ela uni-los assim mais estreitamente e, alimentando-os com seu próprio Corpo e Sangue, torná-los partícipes de sua vida gloriosa.

Instruídos pela fé sobre o sentido de nossa vida temporal, ao mesmo tempo, com a esperança dos bens futuros, realizamos a obra que o Padre nos confiou no mundo e lavramos nossa salvação (Vaticano II, Lumen gentium 48).


Fonte: www.catequisar.com.br



Praesidium Juvenil filiado a Regia Maria Imaculada

No dia 6 de junho de 2011, a legionária Joana Darc nos apresentou alguns legionários juvenis que deram um toque singelo a reunião.

Perseverem bastente e tenha fé em Deus, e sigam o modelo de Maria, para chegar até  arazão de nossas vidas, que é Nosso Senhor Jesus Cristo.
Salve Maria!!!