Evangelho segundo São João 3, 14-21
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 14"Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado
Domingo, 18 de Março de 2012.
SANTO DO DIA: Santo Anselmo, Bispo; São Cirilo de Jerusalém, Bispo e Doutor da Igreja; Santo Alexandre de Jerusalém, Bispo e mártir.
Primeira Leitura: Segundo livro das Crônicas 36,14-16.19-23
Leitura do segundo livro das Crônicas:
Leitura do segundo livro das Crônicas:
Naqueles dias, 14todos os chefes dos
sacerdotes e o povo multiplicaram suas infidelidades, imitando as
práticas abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o
Senhor tinha santificado em Jerusalém. 15Ora, o Senhor Deus de seus pais
dirigia-lhes freqüentemente a palavra por meio de seus mensageiros,
admoestando-os com solicitude todos os dias, porque tinha compaixão do
seu povo e da sua própria casa. 16Mas eles zombavam dos enviados de
Deus, desprezavam as suas palavras, até que o furor do Senhor se
levantou contra o seu povo e não houve mais remédio. 19Os inimigos
incendiaram a casa de Deus e deitaram abaixo os muros de Jerusalém,
atearam fogo a todas as construções fortificadas e destruíram tudo o que
havia de precioso. 20Nabucodonosor levou cativos para a Babilônia,
todos os que escaparam à espada, e eles tornaram-se escravos do rei e de
seus filhos, até que o império passou para o rei dos persas. 21Assim se
cumpriu a palavra do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias: "Até que
a terra tenha desfrutado de seus sábados, ela repousará durante todos
os dias da desolação, até que se completem setenta anos". 22No primeiro
ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra
do Senhor pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor moveu o espírito
de Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar em todo o seu reino, de viva
voz e por escrito, a seguinte proclamação: 23"Assim fala Ciro, rei da
Pérsia: O Senhor, Deus do céu, deu-me todos os reinos da terra, e
encarregou-me de lhe construir um templo em Jerusalém, que está no país
de Judá. Quem dentre vós todos pertence ao seu povo? Que o Senhor, seu
Deus, esteja com ele, e que se ponha a caminho".
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
- Graças a Deus.
Segunda Leitura: Efésios 2, 4,10
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:
Leitura da carta de São Paulo aos Efésios:
Irmãos: 4Deus é rico em misericórdia. Por
causa do grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos por
causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que
vós sois salvos! 6Deus nos ressuscitou com Cristo e nos fez sentar nos
céus, em virtude de nossa união com Jesus Cristo. 7Assim, pela bondade
que nos demonstrou em Jesus Cristo, Deus quis mostrar, através dos
séculos futuros, a incomparável riqueza de sua graça. 8Com efeito, é
pela graça que sois salvos, mediante a fé. E isso não vem de vós; é dom
de Deus! 9Não vem das obras, para que ninguém se orgulhe. 10Pois é ele
quem nos fez; nós fomos criados em Jesus Cristo para as obras boas, que
Deus preparou de antemão, para que nós as praticássemos.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.
- Graças a Deus.
SALMO 136/137
R: Que se prenda a minha língua ao céu da
boca se de ti, Jerusalém, eu me esquecer! Junto aos rios da Babilônia
nos sentávamos chorando, com saudades de Sião. Nos salgueiros por ali
penduramos nossas harpas.
R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
Pois foi lá que os opressores nos pediram
nossos cânticos; nossos guardas exigiam alegria na tristeza: ‘Cantai
hoje para nós algum canto de Sião!'
R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
Como havemos de cantar os cantares do
Senhor numa terra estrangeira? Se de ti, Jerusalém, algum dia eu me
esquecer, que resseque a minha mão!
R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
Que se cole a minha língua e se prenda ao céu da boca, se de ti não me lembrar! Se não for Jerusalém minha grande alegria!
R. Que se prenda a minha língua ao céu da boca, se de ti Jerusalém, eu me esquecer!
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3, 14-21
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João:
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
14"Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é
necessário que o Filho do Homem seja levantado, 15para que todos os que
nele crerem tenham a vida eterna. 16Pois Deus amou tanto o mundo, que
deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas
tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem
nele crê, não é condenado, mas, quem não crê, já está condenado, porque
não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o julgamento é este: a
luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas
ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da
luz, para que suas ações não sejam denunciadas. 21Mas, quem age conforme
a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são
realizadas em Deus.
- Palavra da salvação.
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Sermões para a Quaresma de 1981
- Glória a Vós, Senhor.
Comentário ao Evangelho do dia feito por Cardeal Joseph Ratzinger [Papa Bento XVI]
Sermões para a Quaresma de 1981
«Assim também é necessário que o Filho do Homem seja erguido
ao alto, a fim de que todo o que n'Ele crê tenha a vida eterna»
ao alto, a fim de que todo o que n'Ele crê tenha a vida eterna»
«Tende entre vós os mesmos sentimentos
que estão em Cristo Jesus: Ele, que é de condição divina, não
considerou como uma usurpação ser igual a Deus, mas esvaziou-Se a Si
mesmo, tomando a condição de servo. Tornando-Se semelhante aos homens e
sendo, ao manifestar-Se, identificado como homem, rebaixou-Se a Si
mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz. Por isso mesmo
é que Deus O elevou acima de tudo e Lhe concedeu o nome que está acima
de todo o nome» (Fl 2,5-9). [...] Este texto, de uma riqueza
extraordinária, faz claramente alusão à primeira queda [...]. Jesus
Cristo trilha os passos de Adão. Contrariamente a Adão, Ele é
verdadeiramente «como Deus» (cf. Gn 3,5). Mas ser como Deus, ser igual a
Deus, é «ser Filho» e, portanto, relação total: «o Filho, por Si mesmo,
não pode fazer nada» (Jo 5,19). Por isso, Aquele que é verdadeiramente
igual a Deus não Se agarra à Sua própria autonomia, ao carácter
ilimitado do Seu poder e do Seu querer. Porque percorre o caminho
inverso, torna-Se o dependente-mor, torna-Se o servo. Porque não segue o
caminho do poder, mas o do amor, pode humilhar-Se até à mentira de
Adão, até à morte e, então aí, erigir a verdade, dar a vida.
Assim, Cristo torna-Se o novo Adão por
Quem a vida toma um novo rumo [...] A Cruz, lugar da Sua obediência,
torna-se a verdadeira árvore da vida. Cristo torna-Se a imagem oposta à
serpente, tal como diz João no seu evangelho. Dessa árvore não vem a
palavra da tentação, mas a palavra do amor salvador, a palavra da
obediência, pela qual o próprio Deus Se faz obediente e nos oferece
assim a Sua obediência como campo da liberdade. A cruz é a árvore da
vida que de novo se torna acessível. Na Paixão, Cristo afastou, por
assim dizer, a espada flamejante (Gn 3, 24), atravessou o fogo e
levantou a cruz como verdadeiro eixo do mundo, sobre o qual o mundo se
reergue. Por isso a eucaristia, enquanto presença da cruz, é a árvore da
vida que está sempre no meio de nós e nos convida a receber os frutos
da vida verdadeira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário