terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Estudo Mariano


A mãe do Redentor tem lugar bem preciso no plano da salvação, porque, “ao chegar à plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, nascido duma mulher, nascido sob a Lei, a fim de resgatar os que estavam sujeitos à Lei e para que nós recebêssemos a adoção de filhos. E porque vós sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho, que clama: ‘Abbá! Pai!’” (Gl 4, 4-6).

As pessoas têm muita curiosidade a respeito de Maria. Onde ela nasceu como se chamavam seus pais? Teve ela outros irmãos e irmãs? Como era o seu dia-a-dia? O que ela fazia antes de conhecer José e se tornar à mãe de Jesus? Como foi sua vida depois que Jesus morreu e ressuscitou? Como passou sua velhice? A bíblia não nos dá informações sobre detalhes da vida de Maria. Entretanto os apócrifos (ocultos) tentam responder esses questionamentos, mas a Igreja decidiu rejeitá-los, pois mais atrapalham do que ajudam.

Maria nos evangelhos
Os evangelhos falam principalmente de Jesus. Eles foram escritos mais de 40 anos depois que Jesus havia vivido na Palestina. Imagine como tanta coisa já tinha mudado!
Cada evangelho se assemelha a uma linda colcha de retalhos colorida, que foi tecida, juntada e bordada por Mateus, Marcos, Lucas e João.
Marcos coloca Maria no meio dos familiares de Jesus, sem dizer nada sobre ela (cf. Mc 3,31-35 e 6,1-6). Já Mateus apresenta Maria como mãe virginal do Messias, muito unida a seu filho (cf. Mt 1,18-23; 2,11.13.14.20). Mas não cita nenhuma atitude especial dessa mulher.
Cabe a Lucas e João o mérito de mostrar as qualidades humanas e espirituais de Maria. E por fim o livro do Apocalipse apresenta Maria como imagem da comunidade crista, experimenta nesse mundo o sofrimento, a perseguição, mas também a gloria e a vitória do ressuscitado (cf. Ap 12).
A anunciação (Lc 1, 26-38)
Dê exemplos de anúncios de nascimentos bíblicos:
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Com relação à Anunciação de Maria, percebemos que o enviado de Deus começa com uma saudação com uma saudação: “Alegra-se, Maria” (Lc 1,28). Convida Maria a participar da alegria do novo tempo, que começa com a vinda de Jesus (cf. Lc 1,14.44.58 e 2,10).

Maria recebe um nome especial, que nenhuma outra pessoa tem na Bíblia: “cheia de graça”. A expressão "cheia de graça" é um vocativo. É como um nome que o anjo deu a ela. A palavra que expressa isso, em grego, é kekaretome ou kekharitômenê, palavra que significa ser que foi desde sempre, que é ainda agora, e que continua sendo cheia de graça, isto é, Imaculada, sem pecado original.

Na linguagem bíblica “graça” significa um dom especial, que, segundo o Novo Testamento, tem a sua fonte na vida trinitária do próprio Deus, de Deus que é amor (cf. 1 Jo 4,8)

Na sagrada escritura, quando uma pessoa tem uma missão importante e difícil, recebe de Deus a promessa de que não estará sozinha, pois ele vai lhe dar forca. Ver exemplos:
1) Vocação de Isaac (cf. Gn 26, 3.24);
2) Vocação de Jacó (cf. Gn 28,15);
3) Vocação de Moises (cf. Ex 3,11s e 4,12)
4) Vocação de Gedeão (cf. Jz 6,12)
Diante da resposta de Deus, Maria responde prontamente. Maria disse Fiat (que quer dizer faça-se) a Deus, e desse modo tornou-se a verdadeira “estrela da manhã” (Stella matutina).
Maria teve fé, pois se entregou totalmente a Deus. Maria não somente ouviu, mas escutou a palavra, e acolheu no coração. Na visita a Isabel, essa lhe relembra: “você é feliz porque acreditou. Tudo o que o Senhor lhe disse acontecerá” (cf. Lc 1, 45).

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