João Carlos Pereira, jcparis@orm.com.br
JORNALISTA E PROFESSOR
Quando assumiu a cátedra de São Pedro, o cardeal Ratzinger disse ao mundo, com a sinceridade que lhe própria, que preferia que houvesse menos católicos, mas que os que se declarassem católicos o fossem em plenitude. Como um Papa pode afirmar que prefere que haja menos ovelhas em seu rebanho? A coragem de Bento XVI, nesse sentido, também, estava repleta de verdades. O Papa desejava (e ainda deseja) que se anunciassem como seguidores de Cristo aqueles que, sinceramente, o amassem e o seguissem com o coração e não apenas com os lábios.
No começo de seu pontificado, ele afirmou que a Igreja de Cristo deveria voltar-se para si própria e agir de dentro para fora e não de fora para dentro. O que o Papa quer é que católico seja aquele que conheça a doutrina que professa e que viva essa doutrina. De que adianta, questiona o Pontífice, um templo cheio de pessoas que apenas repetem fórmulas e não entendem o que se passa, por exemplo, na celebração eucarística?
O ideal seria que houvesse cada vez mais católicos melhor preparados para continuar o trabalho de difusão do Evangelho e seguir os passos de Jesus. Se o mundo possui outros apelos, que levam as pessoas a preferir o caminho mais fácil proposto pelas fábricas de milagres, que não se envergonham - e dizem isso com orgulho - de pregar apenas o progresso material, paciência.
Um dia, todos serão chamados a viver na luz de Cristo. Uns já conheceram o verdadeiro caminho. Outros terão a chance de recomeçar, buscando, na Palavra que salva e que liberta, o rumo que Jesus traçou e que nada tem a ver com acumular fortuna para dar 10% para o Senhor. Até onde se sabe, Deus não está necessitado do nosso dinheirinho, mas tem muita gente, "falando em nome dele", que não tira o olho da carteira alheia. |
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