Testemunhos de amor e dedicação são provas de que a adoção pode ser um ato cristão
O papa João Paulo II definiu a família como o "Santuário da Vida". Ou seja, o lugar sagrado, onde surgem relações de amor e afeto, formado a partir do sacramento do matrimônio entre homem e mulher. O Evangelho mostra que quando a mulher não consegue engravidar por problemas biológicos, ou quando surge em sua trajetória uma criança desamparada, o correto é adotá-la, e dar todo amor e carinho para que ela tenha uma vida digna.
"Foi um presente de Deus", assim definiu a Maria José Silva, quando o pequeno Rafael, com apenas 5 meses, apareceu em sua vida. A mãe biológica não teve condições de criá-lo e queria levá-lo para a adoção. Maria José, mesmo já tendo 5 filhos biológicos, amparou a criança e a criou igualmente como os outros filhos.
"Foi uma benção na minha vida ter surgido o Rafael. Ele teve uma criação igual aos dos outros irmãos e até com mais cuidado e amor, é um amor que já nasce incondicional. É uma coisa de Deus mesmo" diz com emoção a mãe. Agora, aos 18 anos, Rafael viajou para a França para prosseguir os estudos e morar junto com a irmã. "Meu coração já está apertado de saudade, mas eu sei que será bom para ele", diz a mãe.
Assim como Maria José, a auxiliar da coordenação Pastoral, Maria Lucia Teixeira, também adotou uma criança recém-nascida. Com quatro filhos biológicos, aos 28 anos, Maria Lucia sentia falta de ter crianças brincando em casa. Foi quando apareceu Caio Henrique, que está com 19 anos.
"Eu sempre pensei em adotar uma criança. Aí a funcionária da casa da minha irmã não podia criar o bebê por questões financeiras. Hoje ele é estudante de enfermagem e está muito bem. Temos uma afinidade muito grande, é um amor que não sei nem explicar, faço tudo por ele", conta Maria Lucia.
CONGRESSO
Atualmente tramita no Congresso brasileiro o Projeto de Lei 1432/11, do deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), que tem o objetivo de incentivar a adoção de crianças maiores de três anos. Segundo a proposta, a adoção tardia terá preferência em relação com os demais. O Congresso pretende a concessão de incentivos do Poder Público, privilegiando aqueles que querem adotar uma criança nessa faixa etária.
A Igreja Católica tem um posicionamento claro em relação à adoção. Em 2010, o direito adoção por casais homoafetivos foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não aprova a decisão. Segundo a CNBB, a adoção por casais homoafetivos não permite que a criança cresça em um ambiente familiar formado por pai e mãe, assim como estabelece os mandamentos de Deus. |
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